Ryanair antecipa subida dos preços até 10%, para média de 44 euros por bilhete

Preço médio do bilhete está atualmente nos 40 euros, mas deverá subir entre 5% a 10%, para mais de 44 euros. "Há menos capacidade e uma maior procura", diz CEO da Ryanair ao ECO.

A Ryanair passou de prejuízos a lucros devido à “forte procura” por tarifas mais altas no final do ano passado. E a tendência deverá continuar. Em entrevista ao ECO, o CEO da companhia low cost antecipa um aumento de 5% a 10% nos preços dos bilhetes, para uma média acima dos 44 euros. “Há menos capacidade e maior procura”, diz Michael O’Leary, apontando a forte procura por parte dos turistas americanos e asiáticos.

Parece que as tarifas mais altas vão continuar. A temporada da Páscoa parece forte e o verão também”, diz Michael O’Leary, em entrevista ao ECO realizada esta quarta-feira. Mas essa, explica o gestor, será uma tendência europeia, e não apenas para a companhia de origem irlandesa.

“Em toda a Europa, neste momento, as companhias estão operar cerca de 90% da capacidade do pré-Covid. Há muitos mais americanos a virem para a Europa este ano devido à valorização do dólar e os asiáticos estão a começar a voltar porque as restrições na China foram levantadas. Mas os europeus vão continuar a passar o verão na Europa”, resume.

Por isso, continua, “há menos capacidade e maior procura — por causa dos americanos e dos asiáticos — e isso vai resultar em preços mais altos”. O gestor adianta ao ECO que, atualmente, o preço médio dos bilhetes na Ryanair ronda os 40 euros e deverá subir “entre 5% a 10%”, para mais de 44 euros. “Desde que não haja mais nenhum impacto negativo da Covid e da guerra na Ucrânia”, ressalva.

Por outro lado, Michael O’Leary descarta a hipótese de expandir para a América. “Estamos demasiado ocupados a crescer na Europa”, responde.

A Ryanair vai ter 19 novas rotas desde o Porto e Faro – só uma, para Copenhaga a partir da Invicta, não tinha sido anunciada em dezembro pela incapacidade de não conseguir crescer na Portela. “Quando estamos a ser bloqueados de crescer em Lisboa, nós crescemos noutro lado”, diz Michael O’Leary ao ECO, afirmando que a TAP continua a bloquear slots no aeroporto de Lisboa. “Se não estão a utilizar os slots, pelo menos deem-nos temporariamente à Ryanair”.

O CEO da Ryanair afirmou a vontade em comprar a TAP, mas diz ser impedido por “questões regulatórias”. “Eu adorava comprar a TAP, mas não nos iriam deixar. (…) Somos a maior companhia aérea em Portugal e a TAP é a segunda. E, se tentarmos juntar as duas companhias, teremos os alemães, os franceses e os britânicos a dizer que não podemos fazer isso e que estávamos a fazer um monopólio“.

(Notícia atualizada às 13h56 com mais informação)

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