Imobiliária americana que já teve série na Netflix chega a Portugal

Imobiliária Agency vai abrir quatro escritórios em Portugal e conta já com 30 pessoas contratadas. Estima faturar entre seis milhões a oito milhões de euros no primeiro ano.

A sociedade imobiliária The Agency, fundada por Mauricio Umansky e que já teve direito a uma série na Netflix (“Buying Beverly Hills“), acaba de chegar à Europa através de Portugal. A aposta será no mercado residencial de luxo, numa altura em que há cada vez mais norte-americanos a procurar o país.

A marca, através de franchising, vai abrir quatro escritórios — Lisboa, Cascais, Porto e Algarve — e conta já com 30 colaboradores. O objetivo é alcançar entre seis milhões a oito milhões de euros no primeiro ano de operação em Portugal e ter uma carteira avaliada em 500 milhões de euros.

“Entendemos que Portugal é a porta de entrada da Europa”, diz ao ECO Ayres Neto, sócio-gerente da The Agency Portugal, notando que tem havido uma “procura imensa de imóveis em Portugal por parte de californianos”. “Quase 50% ou 60% dos americanos que vêm para cá são da Califórnia. Vêm fascinados pelo clima e por outros fatores característicos de Portugal”, nota.

Apesar do forte interesse por parte dos americanos, o responsável nota que “não há apenas um tipo de cliente”. “Felizmente, em Portugal, podemos encontrar ofertas para satisfazer todos os tipos de necessidades e exigências”.

O responsável diz que, no segmento mais premium, onde a The Agency atua, “são pessoas que querem viver em Portugal, mais do que apenas investir”.

O arranque da operação em Portugal da agência imobiliária norte-americana vai começar pela abertura de dois escritórios: um na capital, na Avenida da Liberdade, e, no final do ano, outro em Cascais. Seguir-se-á, em 2024, um terceiro escritório no Porto e outro no Algarve.

Quando começou o projeto de trazer a marca para Portugal, Ayres Neto imaginava abrir uma agência em Lisboa com cerca de 25 consultores. “Hoje já somos mais de 30“, diz ao ECO, notando que “quase todos os dias” faz entrevistas com “colegas de outras marcas”.

A The Agency procura pessoas “com um perfil muito diferenciado”. “Não procuro quantidade, mas sim qualidade: 90% dos meus consultores falam dois a quatro idiomas“, explica.

Ayres Neto refere que quer centrar a sua atividade nos moldes em que funciona o mercado americano, à base de “partilhas” de angariações. “Nunca vamos privilegiar o pleno, como acontece em Portugal. Se procurar isso estou a causar dano ao meu cliente”.

As perspetivas que tem para Portugal são animadoras, dado que “o investimento externo é constante”. “O mercado médio alto, alto e extra-alto vai crescer muito. É inevitável”, diz ao ECO, recusando a ideia de que são só os estrangeiros a investir nestes segmentos. “Há muitos portugueses a voltar“.

Ayres Neto recusa a ideia de uma bolha imobiliária no mercado nacional. Viveu nos EUA e diz não existir “qualquer similaridade” com a bolha imobiliária norte-americana. “Portugal tem um dos maiores índices de proprietários do mundo e um nível de equity altíssimo. As métricas do mercado não sustentam a teoria de uma bolha“, diz.

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