Fevereiro traz novo abrandamento nos preços. Inflação alivia para 8,2%

Estimativa rápida do INE aponta para um novo abrandamento nos preços, pelo quarto mês consecutivo. Preços dos alimentos voltam a aumentar e os da energia a descer.

A inflação voltou a desacelerar em fevereiro, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), para 8,2%. É o quarto mês consecutivo de abrandamento. No entanto, os preços dos alimentos continuam a subir.

“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído, pelo quarto mês consecutivo, para 8,2% em fevereiro de 2023, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, precisa o gabinete de estatísticas nacional no comunicado.

O INE acabou por rever ligeiramente em alta a taxa de inflação em janeiro. Ao invés dos 8,3% inicialmente revelados, a inflação desacelerou para 8,4%, um abrandamento explicado sobretudo pela forte travagem nos preços na energia.

Uma travagem que se voltou a verificar em fevereiro, por contraponto ao aumento dos preços dos alimentos que também se voltou a verificar. “O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá acelerado para uma variação de 7,2% (7,0% no mês precedente)”, diz o INE. Este indicador voltou assim a subir, depois de em janeiro ter registado um recuo pela primeira vez desde setembro de 2021.

“Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá diminuído para 2% (taxa inferior em 5,1 p.p. face ao mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá acelerado para 20,1% (18,5% em janeiro)”, precisa o instituto, que dará os dados finais a 10 de março. A subida dos preços dos alimentos em janeiro já tinha sido superior em 0,9 pontos percentuais face à registada em dezembro.

O abrandamento dos preços da energia resulta, em grande medida, da descida dos preços da eletricidade. Esta foi a explicação apontada pelo INE no destaque final de janeiro, quando o índice relativo aos produtos energéticos diminuiu, pela terceira vez consecutiva, para 7,1%, depois de no mês anterior se ter fixado em 20,8% no mês precedente. Um abrandamento mais abrupto face ao agora registado em fevereiro.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite as comparações com os restantes Estados-membros, “terá registado uma variação homóloga de 8,6%”, ou seja exatamente a mesma do mês anterior. Recorde-se que, em janeiro, a inflação na zona euro abrandou para 8,6% — ou seja Portugal estava perfeitamente alinhado — e na União Europeia para 10%.

(Notícia atualizada)

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