Medina destaca robustez da banca europeia após falências nos EUA

Ministro das Finanças português considera que bancos estão hoje mais robustos do que nas anteriores crises após aumento da regulação e exigências de capital nos últimos anos.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, destacou a maior robustez do sistema financeiro europeu atualmente, após o aperto da regulação e o aumento das exigências de capital em relação às anteriores crises financeiras.

Comentando a falência do Silicon Valley Bank (SVB) e da reação adversa dos mercados, Fernando Medina começou por evidenciar que o SVB e os bancos europeus têm realidades que “não são comparáveis”, designadamente na “forma como era gerido, o mercado aonde se direcionava e as regras que eram aplicáveis”.

Depois de elogiar a pronta atuação das autoridades americanas em conter os problemas no SVB, Medina destacou os passos “muito fortes e positivos” na supervisão europeia ao nível das grandes instituições financeiras, tanto em termos “de regras mais apertadas” como “de grandes exigências de capital” que são impostas aos maiores bancos.

“O sistema de supervisão dos bancos europeus foi construído depois da crise, foi feita uma grande melhoria e grande reforço dessas regras”, salientou em declarações transmitidas pela Sic Notícias a partir de Bruxelas, à margem da reunião do Eurogrupo, notando que as novas exigências de capital são “muito significativas” e que “foi feita uma separação clara da atividade bancária de outro tipo de atividades que introduziam risco dentro do funcionamento normal da atividade bancária”.

Segundo Medina, a evolução do quadro regulamentar “dá-nos garantia, a nível europeu, sobre a robustez do sistema financeiro”.

Depois da intervenção no SVB, outro banco teve de ser encerrado pelas autoridades americanas no fim de semana: o Signature Bank, com sede em Nova Iorque. As falências dos dois bancos estão a gerar uma onda de desconfiança em relação a todo o setor, incluindo na Europa, onde as ações dos principais bancos registam quedas de mais de 5%.

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