Petróleo afunda quase 6% e renova mínimos de 2021

O mercado do ouro negro está a ser pressionado por uma onda vendedora de hedge funds e outros investidores que procuram salvaguardar problemas de liquidez nas suas contas.

O petróleo está a cair há três sessões seguidas e esta quarta-feira afunda mais de 5%, renovando os mínimos registados em dezembro de 2021.

A pressionar o preço do ouro negro estão, sobretudo, receios em redor da solvabilidade do Credit Suisse, que poderá gerar uma onda de contágio pelo setor financeiro e, com isso, provocar um abrandamento da economia mundial.

Nem a esperança em redor de uma recuperação da procura de petróleo por parte da China ajudaram a estancar a correção do preço do crude nos mercados internacionais, que atualmente está a ser negociado abaixo da barreira dos 68 dólares (cerca de 63 euros).

Fonte: Refinitiv.

“Assistimos a uma separação da cotação do petróleo dos inventários de petróleo e mais concentrado numa eventual queda da economia global”, referiu Phil Flynn, analista da Price Futures Group, citado pela Reuters.

O mercado de matérias-primas, com destaque para o petróleo, está também a assistir a uma onda vendedora por parte dos hedge funds, que têm procurado liquidar as suas posições em contratos de futuros sobre o petróleo para se protegerem de um cenário de contínua subida das taxas de juro e da incerteza quanto à economia mundial, referiu Dennis Kissler, vice-presidente da BOK Financial, à Reuters.

A correção de 5,75% do barril de petróleo na sessão desta quarta-feira (a maior correção diária desde 7 setembro de 2022) foi também acompanhada por uma queda generalizada dos produtos derivados do crude – como, por exemplo, a gasolina, que regista uma queda de 5% nos mercados internacionais – e também das petrolíferas

O índice Stoxx Europe 600 Oil & Gas, que agrega as 20 maiores petrolíferas europeias, está a cair 5,7%, com todos os títulos em queda. Neste lote destaca-se a Galp Energia, que é a quarta petrolífera do índice mais penalizada, acumulando perdas de 6,9% na sessão desta quarta-feira.

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