Robustez da banca “permite-nos estar razoavelmente tranquilos”, diz vice-presidente do Banco de Portugal

A vice-presidente do Banco de Portugal garante que, para já, não há sinais de que os bancos estejam a restringir a concessão de crédito devido à instabilidade dos últimos dias no setor financeiro.

Clara Raposo, vice-presidente do Banco de Portugal diz que a robustez da banca nacional é motivo de tranquilidade perante a turbulência que o setor financeiro vive nos EUA e na Europa. E garante que não há sinais de restrição na concessão de crédito.

Não estou com medo. Estou bastante tranquila com o dia de hoje e pela forma como estamos a lidar com estas dificuldades sentidas em alguns bancos regionais nos EUA e no Credit Suisse“, afirmou Clara Raposo, que foi oradora da conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento em Portugal”, organizada pela Associação Business Roundtable Portugal.

Conferência "Querer e Crescer: Ideias para acelerar o crescimento de Portugal" - 20MAR23
Clara Raposo na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.Hugo Amaral/ECO

Todos os indicadores que temos do sistema bancário nacional neste momento são bons indicadores em termos de solvabilidade, liquidez. Os dados de fecho de 20022 são todos melhores do que em 2919, antes da pandemia. Há aqui uma robustez de base que nos permite estar razoavelmente tranquilos“, acrescenta a vice-presidente do Banco de Portugal.

Clara Raposo garantiu que, para já, não há sinais de que os bancos estejam a restringir a concessão de crédito devido à instabilidade dos últimos dias no setor financeiro. “Neste momento, não há qualquer indicação nesse sentido. Esta crise que surgiu agora não é motivo, neste momento, para estar a criar preocupações sobre a concessão de crédito em Portugal ou na área euro”, afirmou a responsável durante a conferência que decorreu esta segunda-feira na Nova SBE, em Carcavelos.

O colapso do Silicon Valley Bank no dia 10 de março lançou a turbulência no setor financeiro, obrigando à intervenção dos reguladores e bancos centrais. Este domingo foi anunciada a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, por 3,3 mil milhões, de forma a tentar estabilizar o sistema bancário.

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