Mulher de João Galamba “não foi nomeada pelo Governo”, garante Fernando Medina

Fernando Medina assegura que não teve "nenhuma interferência na ida de Laura Cravo para o gabinete" do Ministério das Finanças, tratando-se de uma funcionária pública em regime de mobilidade.

Na sequência da notícia sobre a nomeação para o Ministério das Finanças de Laura Cravo, mulher do ministro João Galamba, Fernando Medina assegurou que a profissional “não foi nomeada pelo Governo, nem tem nenhuma nomeação à espera de nenhum cargo que dependa de nenhum membro do Governo”. O ministro das Finanças defende que se trata de um quadro da Administração Pública, originalmente da CMVM, que está em regime de mobilidade.

É a primeira vez que me recordo que um político é criticado, invetivado na praça pública por adversários políticos por não nomear alguém“, ironizou Fernando Medina, numa audição no Parlamento sobre os apoios para mitigar os efeitos da inflação. “A Dr. Laura Cravo não foi nomeada pelo Governo, não foi pré-nomeada pelo Governo, nem tem nenhuma nomeação à espera de nenhum cargo que dependa de nenhum membro do Governo”, completa.

A pergunta surgiu esta manhã fora do tema da audição, por parte do Chega. O PSD tinha também instado, na segunda-feira, o ministro a “esclarecer cabalmente” a nomeação da mulher do ministro das Infraestruturas. O titular da pasta das Finanças explica que Laura Cravo “é quadro de uma instituição da Administração Pública [e] como centenas de quadros encontra-se ao abrigo do regime de mobilidade, a desempenhar funções noutro departamento que não aquele originário”.

“É da CMVM, está a desempenhar funções no departamento de gestão e planeamento de Relações Internacionais do Ministério das Finanças. Fê-lo a pedido desse departamento na preparação da presidência portuguesa em 2020, devido as competências na área dos mercados e serviços financeiros, e no exercício dessas competências assumiu posteriormente a coordenação técnica de uma equipa do gabinete, por decisão do diretor geral“, contou Medina aos deputados.

Uma das questões a levantar dúvidas neste caso foi a ausência de publicação em Diário da República, mas o ministro afastou anomalias. Notou ainda que é “natural o diretor geral pretender que o cargo seja provido em concurso público e, quando abrir, quem quiser pode candidatar-se”. Ou seja, “não desempenha funções de dirigente” nas Finanças e está a ser preparado um concurso público, não tendo por isso sido publicada a nomeação, explica.

O ministro das Finanças voltou ainda a ser questionado pelos deputados sobre o assunto, reiterando apenas que “não [teve] nenhuma interferência na ida de Laura Cravo para o gabinete” do Ministério das Finanças.

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