Perdas no Brasil “deveriam ter sido estancadas antes”, defende Manuel Beja
O presidente do conselho de administração da TAP considerou que a Manutenção e Engenharia Brasil era um "cancro" na companhia, mas que todas as perdas estão provisionadas.
“Enormes, indesejáveis e não deviam ter acontecido”. É como o ainda presidente do conselho de administração da TAP qualifica os prejuízos sofridos pela companhia aérea na Manutenção e Engenharia Brasil, que levaram ao reconhecimento de mil milhões de euros em perdas nas contas de 2021.
Manuel Beja referiu-se à Manutenção e Engenharia Brasil como um “cancro” para a companhia aérea na comissão parlamentar de inquérito à TAP. As perdas “são enormes, indesejáveis e não deviam ter acontecido. Deviam ter sido estancadas antes”, afirmou o presidente do conselho de administração da companhia.
O chairman considerou que a atual gestão atuou “no primeiro momento em que podia estancar a ferida, com um custo menor do que se não tivéssemos travado essa operação”. Foi questionado pelo PSD sobre o aparecimento de um comprador, afirmando que o mesmo não “forneceu as garantias necessárias para poder avançar com a aquisição” e “não parecia um operador credível”.
Manuel Beja deixou ainda a garantia de que todos os valores respeitantes à liquidação estão provisionados. Qual o valor total das perdas? “Seria preciso uma auditoria de 14 ou 15 anos de presença da TAP na ME Brasil para chegar a um valor adequado”, disse o chairman da companhia.
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