FMI falha acordo para declaração conjunta sobre Ucrânia

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

"Fizemos todo o possível para chegar a um acordo sobre uma declaração. Infelizmente, não foi possível", disse a ministra espanhola, Nadia Calviño.

A ministra da Economia e Transformação Digital de Espanha, Nadia Calviño, lamentou esta sexta-feira não ter sido possível chegar a um acordo sobre uma declaração com uma posição conjunta sobre a invasão russa da Ucrânia e o controlo da dívida.

A afirmação de Calviño surge na qualidade de presidente do Comité Monetário e Financeiro Internacional (IMFC), órgão dirigente das políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), integrado por 24 membros de diversos países, durante as reuniões de primavera da instituição e do Banco Mundial que decorrem esta semana em Washington.

“Fizemos todo o possível para chegar a um acordo sobre uma declaração. Infelizmente, não foi possível”, disse Calviño. A ministra espanhola salientou que a guerra na Ucrânia continua a ter grandes impactos económicos e humanitários e a ser a principal fonte de incerteza.

Calviño destacou que, embora tenha havido “conversas muito produtivas” e “discussões muito construtivas” que atestam “a vontade de cooperar”, não houve “unanimidade na mensagem de Bali sobre a guerra que foi acordada pelos líderes do G20″ em 2022.

Por outro lado, Calviño recordou como as instituições multilaterais são fundamentais para atender às necessidades de “países vulneráveis”, como a Ucrânia e Sri Lanka, e comemorou que o evento serviu para “aumentar a cooperação dos membros em políticas económicas” e fortalecer “a rede de segurança financeira global”.

Por seu lado, Kristalina Georgieva, líder do FMI, apelou às autoridades monetárias para que continuem a combater a inflação enquanto “salvaguardam a estabilidade financeira” e incentivou os países a reduzir a pobreza e aumentar os recursos alocados ao Fundo para o Crescimento e Redução da Pobreza.

“É um instrumento que provou ser útil para dar apoio sem juros a países de baixo rendimento e está numa procura recorde agora que as taxas de juros estão altas”, frisou.

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