Novobanco sem sinais de dificuldades das famílias em pagar empréstimos

O que tira o sono a Mark Bourke? O CEO do Novobanco diz estar "relativamente relaxado" com a atual situação, mas está atento à evolução do emprego. Para já, não vê sinais de famílias em dificuldades.

O que mantém o CEO do Novobanco acordado à noite? Sendo um banco de retalho, “estamos constantemente a olhar para o emprego”, respondeu Mark Bourke na conferência de analistas, garantindo que, estando as coisas como estão, o banco está neste momento “relativamente relaxado”.

Com a subida dos juros e a alta inflação a deixar cada vez mais famílias sob pressão, o Novobanco ainda não vê sinais de dificuldades dos seus clientes no reembolso dos seus empréstimos, adiantou o CFO Benjamin Dickgiesser aos analistas.

“Não estamos a assistir a uma deterioração na nossa base de clientes em termos de cumprimento do crédito. Adicionalmente, não temos indicador de aviso de que os nossos clientes estão a começar a ter dificuldades”, afirmou o gestor alemão.

De seguida, Dickgiesser explicou que “o forte desempenho económico e o ambiente macro português” deverão continuar a ajudar os clientes do banco, como até agora. O que permitiu que o crédito malparado baixasse 6,4% para 1,3 mil milhões de euros – embora o rácio de NPL tivesse subido ligeiramente, de 4,3% para 4,4%.

Mais tarde, questionado por um analista do Citigroup sobre o que ainda tira o sono à noite a quem gere um banco, Mark Bourke disse estar particularmente atento à evolução do mercado de trabalho, tendo em conta que lidera um banco de retalho – cujos clientes são famílias e empresas, essencialmente. Mas deu um panorama mais geral.

“É como todos [gestores de bancos]: se o atual ambiente se mantém, se temos uma economia em que não vemos um choque no mercado de trabalho, em que não vemos acontecimentos macro globais significativos, se não tivermos uma grande quebra na economia”. Se as coisas continuarem assim, acrescentou, “penso que estamos relativamente relaxados”.

O Novobanco lucrou 148,4 milhões de euros no arranque do ano, uma subida de 4% em termos homólogos, um resultado impulsionado pelos ganhos que teve com juros. A margem financeira disparou 84,5% para 246,3 milhões.

Bourke adiantou que basta manter os volumes de crédito e depósitos para o banco atingir “automaticamente” os objetivos para este ano em termos de margens.

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