Luís Araújo sai do Turismo de Portugal. Carlos Abade é o senhor que se segue

Demissão de Luís Araújo, que garantem ao ECO é por motivos pessoais, é o mote para uma remodelação mais profunda do Turismo de Portugal. Carlos Abade vai ser o novo presidente.

Luís Araújo apresentou a demissão da liderança do Turismo de Portugal. Carlos Abade é o senhor que se segue, apurou o ECO. O responsável, que estava à frente do instituto ao longo dos últimos sete anos, sai por vontade própria e por “motivos pessoais”. Esta é mais uma grande remodelação nos organismos tutelados por António Costa Silva. Banco de Fomento, IAPMEI e ANI são os exemplos mais mediáticos. A informação foi confirmada ao início da noite pelo Ministério da Economia, através de comunicado.

A saída de Luís Araújo, que garantem ao ECO acontece por motivos pessoais, é o mote para uma remodelação mais profunda deste instituto que tem forte capacidade financeira. É dos poucos, por exemplo, que tem capacidade para lançar linhas de crédito próprias, financiadas pelo seu próprio orçamento, sem ter de recorrer a fundos europeus. Assim, para o seu lugar entra Carlos Abade que era até agora vogal do conselho diretivo do Turismo de Portugal. Também de saída está o vogal Filipe Silva.

Para a direção sobe também Lídia Monteiro que era a diretora com responsabilidade pela promoção nacional e internacional do país. A responsável vai ocupar de vogal a par com Catarina Paiva, que é presentemente diretora do ISEG Executive Education. Onde não há mexidas é na vice-presidência: Teresa Monteiro vai manter-se no cargo.

O ECO tentou contactar Luís Araújo, mas sem sucesso.

Em comunicado, o ministro Costa Silva mostrou-se “agradecido” pelo trabalho de Luís Araújo e de Filipe Silva, “os quais contribuíram para a afirmação de um setor muito relevante para a economia nacional, o turismo, cujo trabalho e resultados podem servir de exemplo e inspiração a outros setores da economia”.

“Dirigir o Turismo de Portugal foi dirigir uma equipa de excelência, uma equipa que está de parabéns pelo trabalho que tem vindo a ser realizado e que, certamente, irá continuar a demonstrar toda a sua capacidade de trabalho e de inovação em prol deste importante setor de atividade”, referiu Luís Araújo.

O ministro da Economia nunca demonstrou qualquer problema em mudar as equipas com quem trabalha. Começou pela cúpula do Banco Português de Fomento, com a qual não estava satisfeito. Saiu Beatriz Freitas e entraram Paula Carvalho e Celeste Hagatong. Depois foram os próprios secretários de Estados da Economia e do Turismo, João Neves e Rita Marques, respetivamente. A entrada de Pedro Cilínio deixou um desconforto no IAPMEI, que levou à demissão de Francisco Sá, o qual por sua vez foi substituído por Luís Guerreiro, que era adjunto do ministro da Economia. Soma-se ainda a saída da presidente da ANI e a administração da CMVM.

“É importante darmos dinâmica aos nossos organismos”, disse Costa Silva, em entrevista ao Expresso. “E, às vezes, começar um ciclo novo pode ser muito importante”, acrescentou o ministro que se pauta pela apresentação de resultados, muito ao estilo do setor privado, de onde vem.

 

(Notícia atualizada às 21h14 com comunicado do Ministério da Economia e do Mar)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Luís Araújo sai do Turismo de Portugal. Carlos Abade é o senhor que se segue

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião