Sánchez adia apresentação da presidência espanhola para setembro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Junho 2023

Sánchez deveria apresentar em Estrasburgo as prioridades da presidência espanhola do Conselho da UE em 13 de julho, o que aconteceria durante a campanha eleitoral para as legislativas espanholas.

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, adiou o discurso no Parlamento Europeu sobre as prioridades da presidência espanhola do Conselho da União Europeia (UE), que estava agendado para o dia 13 de julho, para a sessão plenária de setembro.

Sánchez pediu para adiar o discurso devido à antecipação das eleições legislativas em Espanha, convocadas pelo próprio para 23 de julho, após a derrota do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) nas eleições regionais do passado domingo.

Espanha assume a presidência rotativa do Conselho da UE a 1 de julho, sucedendo à Suécia. Se se mantivesse o discurso do Chefe do Governo espanhol no dia 13 de julho, este aconteceria em plena campanha eleitoral para as legislativas. Segundo um porta-voz do Parlamento Europeu, a presidente Roberta Metsola recebeu o pedido de Sánchez na manhã desta sexta-feira.

Antes, o Partido Popular Europeu (PPE), que apoia o candidato do Partido Popular às legislativas espanholas, já havia pedido a Metsola que atrasasse o discurso de Sánchez por causa das eleições antecipadas.

Numa carta, citada pelo Politico, o líder do PPE, Manfred Weber, pediu à presidente do Parlamento Europeu que adiasse para setembro o discurso em que a Espanha irá apresentar as suas prioridades para a presidência do Conselho da UE, de modo a “permitir que o primeiro-ministro recém-eleito apresente as prioridades do Conselho fora das batalhas do âmbito político doméstico”.

Embora a presidência do Conselho da UE não implique poderes executivos, permite que o país que assume a presidência estabeleça a agenda, organize reuniões, conduza negociações, redija textos de compromisso, organize votações e fale com as restantes instituições europeias.

A decisão de Sánchez levanta dúvidas sobre a capacidade de Espanha para cumprir as responsabilidades associadas à presidência do Conselho, já que os partidos no Governo estarão em campanha eleitoral.

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