Inflação na OCDE abranda para 7,4% em abril. É o valor mais baixo desde janeiro de 2022

Entre os 38 países da OCDE, 27 registaram um abrandamento da taxa de inflação homóloga em abril. No entanto, em dez países a taxa de inflação ainda se mantém acima dos 10%.

A inflação continua abrandar entre os 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). De acordo com dados divulgados esta terça-feira, a taxa de inflação na OCDE abrandou para 7,4% em abril, que compara com os 7,7% registados em março.

Os dados da OCDE mostram também que a taxa de inflação homóloga registada em abril é a mais baixa dos últimos 15 meses, quando alcançou os 7,2% em janeiro de 2022.

“Entre março e abril, a inflação caiu em 27 dos 38 países da OCDE”, refere a organização em comunicado. Contudo, salienta que em dez países, a taxa de inflação continua acima dos 10% e na Hungria e Turquia o índice de preços no consumidor mantém-se acima dos 20%.

Os dados apresentados esta terça-feira revelam ainda que a inflação dos produtos alimentares e da energia na OCDE continuou a abrandar significativamente em abril.

Enquanto a taxa de inflação dos produtos alimentares desceu de 14% para 12,1%, com 33 países a registarem uma descida dos preços, a inflação dos bens energéticos na OCDE voltou a cair em abril, figurando agora nos 0,7%, após a queda acentuada de 11,9% para 1,3% registada entre fevereiro e março.

Fonte: OCDE.

Com menos força tem estado a taxa de inflação subjacente, também conhecida como inflação core, que não considera os bens alimentares nem os bens energéticos. Segundo a OCDE, “a taxa de inflação subjacente mantém-se globalmente estável, mas elevada, nos 7,1%, em abril (7,2% em março).”

Os dados mostram inclusive que a taxa de inflação core registou mesmo uma subida em 13 países da OCDE, “impulsionada principalmente pela inflação dos serviços, que representa cerca de dois terços da inflação menos produtos alimentares e energéticos”, refere o comunicado da OCDE.

Entre as sete maiores economias do mundo (G7), a inflação homóloga manteve-se estável nos 5,4% em abril, com o Reino Unido a contabilizar “a queda mais significativa entre os países do G7, refletindo uma diminuição acentuada da inflação da energia, apesar de um aumento acentuado da inflação subjacente, que atingiu a sua taxa mais elevada desde março de 1991”, refere o comunicado da OCDE.

Em sentido oposto esteve a Itália, que registou o maior aumento da inflação global entre os G7, em grande parte devido ao aumento da inflação da energia. “A inflação dos produtos alimentares e da energia continuou a ser o principal fator da inflação global em Itália, enquanto a inflação subjacente foi o principal fator no Canadá, na Alemanha, no Japão, no Reino Unido e nos EUA.”

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