Pôr bancos a vender certificados é um processo que se está a iniciar, diz IGCP
Agência que gere a dívida pública explica que ter mais instituições a comercializarem os certificados vai torná-los mais acessíveis às famílias, mas frisa que é um "processo que está a iniciar".
O IGCP considera que alargar a distribuição dos certificados aos bancos vai torná-los mais acessíveis junto das famílias, mas lembra que este é um processo que ainda está a dar os primeiros passos.
“O alargamento da distribuição de produtos de aforro a outros canais visa a melhoria da acessibilidade a todos os cidadãos, bem como a melhoria da experiência-cliente dos aforradores na subscrição e gestão destes produtos”, justifica a agência liderada por Miguel Martin num comunicado publicado no seu site.
Acrescenta de seguida que “este é um processo que o IGCP está a iniciar” e que, “havendo interesse de novas entidades em distribuir os produtos de aforro, a agência informará oportunamente sobre o alargamento dos canais de subscrição”.
Em todo o caso, o IGCP lembra que os aforradores que querem aplicar poupanças em produtos de dívida pública portuguesa através do sistema bancário podem subscrever ou adquirir diversas séries de Obrigações do Tesouro e de Bilhetes do Tesouro emitidas pela República Portuguesa junto dos bancos.
Com os novos Certificados de Aforro, cuja subscrição arrancou esta segunda-feira, o Governo decidiu abrir a possibilidade a que outras instituições financeiras, além dos CTT, possam também vender certificados nos seus balcões e canais digitais.
Ao ter mais bancos a comercializarem os seus produtos de poupança, o Ministério das Finanças acredita que conseguirá estimular a concorrência na distribuição, baixando assim os custos com a colocação dos certificados junto das famílias.
Uma alteração que “vai ao encontro das observações que têm vindo a ser feitas pelo Tribunal de Contas”, acrescentaram as Finanças, lembrando, porém, que até hoje nenhuma instituição — para lá dos Correios — manifestou interesse em vender os certificados
Do lado dos bancos, surpreendidos com esta possibilidade, a medida foi recebida com cautela. “Conhecidas que forem as condições para esse envolvimento [na venda de certificados], cada banco procederá à sua análise e decidirá por si”, referiu a Associação Portuguesa de Bancos (APB).
Mais tarde BCP e Novobanco indicaram que querem conhecer as “condições concretas” antes de tomarem qualquer decisão. “A eventual decisão sobre se virá ou não a comercializar esses instrumentos será tomada quando for contactado para o efeito – saliente-se que ainda não foi -, tendo presente as condições concretas que sejam definidas”, disse o banco liderado por Miguel Maya, assegurando que já disponibiliza “uma gama muito completa de produtos de poupança e de investimento”. “Estamos a avaliar e tomaremos uma decisão assim que conhecermos as condições”, referiu o Novobanco.
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