Exportações caem 3,6% em abril, com recuo de 5,7% nas importações

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Junho 2023

Com as quebras nas exportações e importações, o défice da balança comercial diminuiu 269 milhões de euros face a abril do ano passado, atingindo 2.245 milhões de euros.

As exportações portuguesas registaram uma contração de 3,6% em abril, em termos homólogos e nominais, o que compara com uma variação positiva de 18,6% em março, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). As importações também caíram, neste caso 5,7%, quando no mês anterior tinham aumentado 9,6%.

O gabinete estatístico sublinha que “desde os primeiros meses de 2021 que não se registavam decréscimos nas transações de bens de Portugal com os mercados externos”. No entanto, assinala que o mês de abril de 2023 teve menos um dia útil que o mês homólogo de 2022 e menos cinco dias úteis que o mês anterior.

Evolução da taxa homóloga das exportações

Fonte: INE

A contribuir para a queda das exportações estiveram os fornecimentos industriais, que decresceram 10% — ainda assim, abaixo da quebra de 12,4% nas importações –, e os combustíveis e lubrificantes (-23,7%), que nas importações caíram 40,6%.

Já as exportações de material de transporte aumentaram 14,1%, bem como as de máquinas e outros bens de capital (+15,2%). Nas importações, destacam-se os aumentos de 24% em material de transporte e acessórios e de 11% em produtos alimentares e bebidas.

“Excluindo combustíveis e lubrificantes, observou-se uma diminuição de 1,8% nas exportações e um aumento de 1,5% nas importações (+20,7% e +14,1%, respetivamente, em março de 2023)”, segundo a mesma fonte.

Com as quebras nas exportações e importações, o défice da balança comercial diminuiu 269 milhões de euros face a abril do ano passado, atingindo 2.245 milhões de euros. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice comercial cresceu 209 milhões de euros, totalizando 1.776 milhões de euros.

Quanto aos principais parceiros comerciais do país, ao nível dos clientes, o INE salienta a diminuição das vendas para Espanha (-7,4%) neste período, enquanto ao nível dos fornecedores destaca as quedas nas compras com origem no Brasil (-23,4%) e em Espanha (-2,4%).

(Notícia atualizada às 11h52)

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