Incentivos a cirurgias permitem recordes em 2023, mas 30% ainda são tratados fora de tempo
Contabilizam-se 250 mil cirurgias no SNS até maio deste ano graças aos incentivos que permitem recordes em 2023, mas 30% ainda são tratados fora de tempo.
Até maio deste ano contabilizaram-se cerca de 250 mil cirurgias nas unidades do Serviço Nacional da Saúde (SNS), mais 20 mil do que no mesmo período de 2022. O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, relaciona este número com os incentivos à produção adicional, fora do horário de trabalho, com vista à recuperação das listas de espera. Mas estes incentivos podem terminar a 30 de junho, avança o Diário de Notícias (acesso pago).
Com o objetivo de se recuperar as listas de espera nas cirurgias, proteladas por causa da pandemia da Covid-19, o Governo aprovou uma portaria para abranger a produção adicional, fora do horário de trabalho. O regime — que foi revisto em janeiro de 2023 e será mantido até 30 de junho — possibilitou atingir, em 202, “o maior número de sempre de intervenções no SNS”, ou seja, 758.000. Também possibilitou que, nos primeiros quatro meses de 2023, se tivesse alcançado um recorde de 246.541, quando comparado com o igual período dos últimos quatro anos.
Este é “um número histórico de doentes operados, o maior de sempre quando comparamos os registos dos períodos homólogos dos anos anteriores”, refere a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) que desconhece o número real de doentes em lista de espera. Já segundo o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a percentagem de doentes operados fora do tempo adequado (180 dias) ascende a 30% e 20% para os doentes que aguardam uma primeira consulta. O Diário de Notícias adianta que 69,1% dos 218.000 doentes inscritos para cirurgias em 2022 foram atendidos em tempo adequado. Já dos 241.000 inscritos em 2023, foram atendidos neste tempo 72%.
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