Crédito Agrícola paga juro de 8,375% por emissão de 200 milhões de dívida sénior
Banco liderado por Licínio Pina foi ao mercado para se financiar com dívida social em 200 milhões de euros a quatro anos. Operação dirigida apenas a investidores institucionais.
O Crédito Agrícola realizou, através da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, uma emissão de dívida sénior preferencial por meio de obrigações sociais, no montante de 200 milhões de euros, para cumprir o requisito vinculativo de capital exigido a partir de 1 de janeiro de 2024, informou esta quarta-feira o banco liderado por Licínio Pina.
A emissão terá um prazo de quatro anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do terceiro ano, um preço de emissão de 99,681% e uma taxa de juro fixa de 8,375%, ao ano, durante os primeiros três anos.
No quarto e último ano da emissão, as obrigações serão remuneradas “à taxa Euribor a três meses, acrescida de uma margem de 4,974%”, refere ainda o grupo em comunicado.
Esta emissão é classificada pela Moody’s Investor Services com um rating de “Ba1”, um nível abaixo de lixo. “A sua liquidação ocorrerá no dia 4 de julho de 2023”, diz o comunicado.
O Crédito Agrícola dá conta do interesse de mais de 40 investidores institucionais, dos quais 52% gestoras de fundos de investimento e 30% instituições bancárias. A maior parte do investimento provém da Península Ibérica (55%), mas há também investidores dos restantes de países da União Europeia e do Reino Unido (41%).
“Tendo por base as contas revistas de 31 de março de 2023, esta emissão de dívida social sénior preferencial permitiria ao grupo Crédito Agrícola cumprir o requisito vinculativo de MREL TREA + CBR de 25,28% que vigorará a partir de 1 de Janeiro de 2024″, lê-se ainda no comunicado.
O Crédit Agricole CIB, Citigroup, Santander Corporate and Investment Bank e o UBS Investment Bank atuaram como coordenadores desta emissão de dívida, enquanto a Linklaters fez a assessoria jurídica.
Para o grupo liderado por Licínio Pina, a colocação deste montante de dívida “espelha o reconhecimento, por parte do mercado, da rentabilidade, solidez, liquidez e resiliência do grupo Crédito Agrícola”, assim como “do seu compromisso no apoio e financiamento sustentável da economia portuguesa e na promoção do desenvolvimento socioeconómico das comunidades locais”.
(Notícia atualizada às 11h39)
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