Há 30 mil empresas e 272 mil trabalhadores no setor da alta e média tecnologia em Portugal

Em 2021, os valores da empresas e pessoas no setor da alta e média tecnologia aumentaram na ordem dos 13% e 6%, respetivamente.

Há cada vez mais empresas tecnológicas em Portugal e, consequentemente, mais profissionais ao serviço destas mesmas organizações. Em 2021, as empresas nos setores de alta e média alta tecnologia eram cerca de 29,1 mil — o que representa já 2,2% do total — e havia 271,5 mil pessoas a trabalhar para estas companhias, o que se traduz em 6,4% do total dos trabalhadores das empresas.

“Em 2021, as empresas nos setores de alta e média alta tecnologia eram cerca de 29,1 mil e representavam cerca de 2,2% do total. Relativamente ao ano anterior, o número destas empresas cresceu 13,1%, mantendo-se, assim, a tendência que se vem verificando nos últimos cinco anos”, lê-se no relatório sobre emprego e formação em 2022 divulgado esta quarta-feira pelo Centro de Relações Laborais (CRL).

“Deste modo, em 2021, havia cerca de mais 6,7 mil empresas nos setores de alta e média alta tecnologia face ao início da série em análise.”

Por outro lado, “havia 271,5 mil pessoas ao serviço nas empresas nos setores de alta e média alta tecnologia, que representavam 6,4% do total dos trabalhadores das empresas”. “O número de pessoas ao serviço nas empresas destes setores aumentou 6,3%, o que representou um acréscimo de cerca de 16 mil pessoas, relativamente ao ano anterior.”

Nos últimos anos, entre 2017 e 2021, houve um aumento expressivo e gradual do número de pessoas ao serviço nas empresas destes setores (mais 54,8 mil trabalhadores), conclui ainda o relatório.

olhando especificamente para as com atividades de tecnologia de informação e comunicação (TIC), em 2021, havia 20,3 mil empresas deste tipo, mais 2,7 mil do que em 2020, representando 1,5% do total de empresas em Portugal.

“Considerando os últimos cinco anos, o número de empresas com atividades de tecnologia de informação aumentou sempre, pelo que, em 2021, havia mais cerca de 5,5 mil empresas com atividades de TIC do que em 2017. Contudo, o peso desta categoria de empresas no total de empresas não tem sofrido alterações expressivas, tendo passado de 1,2%, em 2017, para 1,5%, em 2021”, detalha o CRL.

Relativamente às pessoas ao serviço nas empresas de TIC 59, em 2021, no Continente, estas constituíam 144,9 mil (mais 14,5 mil do que em 2020) e representavam 3,4% do total. “Ao longo dos últimos cinco anos, o número de pessoas ao serviço tem vindo a aumentar de forma expressiva, tendo evidenciado um acréscimo de 43,8 mil pessoas, entre 2017 e 2021.”

Empresas de setores intensivos em tecnologia e conhecimento ganham terreno

De forma geral, e de acordo com os dados do Sistema de Contas Integradas das empresas, em 2021, existiam no Continente 1.342 empresas nos setores intensivos em tecnologia e conhecimento, mais 3,2%, o que correspondeu a mais cerca de 41,1 mil empresas, face ao ano anterior.

“Analisando os últimos cinco anos, verifica-se uma tendência de subida do número de empresas, apesar do ligeiro decréscimo em 2020”, lê-se no relatório.

Relativamente aos setores de atividade mais significativos em termos da estrutura empresarial, destaque para o comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos (16,1%), para as atividades administrativas e dos serviços de apoio (13,9%), atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (10,5%), agricultura, caça, floresta e pesca (9,4%) e, finalmente, o alojamento, restauração e similares (8,3%).

Em termos homólogos, em 2021, o número de empresas aumentou consideravelmente nos setores das atividades administrativas e dos serviços de apoio (mais 9,8 mil empresas), das atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (mais 7,4 mil), das atividades de saúde humana e apoio social (mais 6,1 mil), da construção (mais 5 mil) e das atividades imobiliárias (mais 4,8 mil).

Pelo contrário, registou-se um decréscimo do número de empresas nos setores do alojamento, restauração e similares (menos 1,3 mil empresas), da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (menos 907 empresas), da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (menos 185 empresas) e das indústrias extrativas (menos 19 empresas).

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