Cinco países pedem prolongamento de restrições a cereais ucranianos
"Não é nada contra os ucranianos. É a favor dos agricultores polacos", explicou o primeiro-ministro da Polónia, um dos cinco países a pedir o prolongamento das restrições.
Cinco países vizinhos da Ucrânia pediram à União Europeia (UE) que permita alargar para além de 15 de setembro as restrições impostas às importações de cereais ucranianos, para proteger os seus agricultores.
“Assinámos uma declaração conjunta de cinco países – Polónia, Bulgária, Hungria, Eslováquia e Roménia – sobre a extensão do embargo às importações (…) de cereais da Ucrânia para os nossos países até ao final do ano”, anunciou o ministro da Agricultura da Polónia, Robert Telus, após uma reunião com os seus homólogos, em Varsóvia.
Em junho, a Comissão Europeia anunciou que as restrições impostas por cinco Estados da UE às importações de cereais ucranianos poderiam ser estendidas até 15 de setembro, apesar da oposição de Kiev e de parte dos países comunitários.
Esta quarta, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, cujo país é um forte aliado da Ucrânia contra a invasão russa, pediu à Comissão Europeia para renovar essas medidas de prolongamento. “Ou a Comissão Europeia concorda em preparar (…) regulamentos para estender essa proibição, ou faremos isso nós mesmos”, disse o chefe de Governo polaco.
“Não é nada contra os ucranianos. É a favor dos agricultores polacos”, explicou Morawiecki, acrescentando que a Polónia permite que cereais transportados da Ucrânia transitem pelo seu território.
Perante a entrada de produtos agrícolas ucranianos após o levantamento das taxas alfandegárias pela UE em maio de 2022, os países vizinhos da Ucrânia proibiram unilateralmente as importações de cereais da Ucrânia em meados de abril, numa tentativa de conter a saturação dos seus silos e o colapso dos preços locais.
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