Galp “muito desapontada” com falhas de fornecedor de gás dos EUA

A Galp acusa um fornecedor, a Venture Global, de falhar com o fornecimento dos volumes contratualizados. BP e Shell já haviam avançado com a mesma queixa em relação a este fornecedor.

A Galp diz-se “muito desapontada” com a Venture Global, um fornecedor de gás natural de liquefeito (LNG) sediado nos Estados Unidos, com o qual a petrolífera portuguesa assinou um contrato de fornecimento a 20 anos. O parceiro norte-americano não estará a cumprir com o acordado. “Estamos claramente muito desapontados”, indicou Rodrigo Vilanova, o membro do conselho de administração executivo da Galp responsável pela pasta da Gestão de Energia.

A declaração foi proferida no âmbito de uma chamada com analistas a propósito dos resultados semestrais, na qual a administração foi questionada acerca deste fornecedor, já que foi recentemente noticiado pela Reuters que as gigantes BP e Shell estavam a ter problemas no cumprimento dos respetivos contratos com esta empresa.

De acordo com informação publicamente disponível, relatou Rodrigo Vilanova, a Venture Global produziu e vendeu mais de 170 carregamentos de LNG. A Galp entende que “todos estes carregamentos foram vendidos em mercados de curto prazo, a seja quem for que pague mais, em vez de respeitarem os contratos de longo prazo assinados com clientes fundadores como a Galp”. Neste sentido, a empresa afirma estar em conversações com a Venture Global para que sejam respeitados os “direitos contratuais” da petrolífera portuguesa.

A Galp assinou, em 2018, um acordo com a Venture Global LNG para a aquisição, durante 20 anos, de um milhão de toneladas por ano de gás natural liquefeito (GNL) a partir do terminal de exportação de Calcasieu Pass, localizado em Cameron Parish, no Estado norte-americano Louisiana.

De acordo com a Reuters, a Shell e a BP avançaram, separadamente, com uma queixa legal contra o mesmo fornecedor por este falhar no cumprimento da entrega de cargas contratualizadas.

A Galp Energia aumentou o lucro em 21% nos primeiros seis meses do ano para 508 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira a empresa. Esta justifica os valores apresentados com a um “forte desempenho operacional” ainda que num “contexto menos favorável em termos petróleo, gás, eletricidade e refinação”.

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