Carlos Moedas garante que “contas da JMJ vão ser perfeitamente transparentes”

Carlos Moedas defende que "haverá um valor tangível” pela organização da Jornada Mundial da Juventude. Apesar de as contas ainda não estarem feitas, assegura que "vão ser perfeitamente transparentes".

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) defendeu esta segunda-feira que “haverá um valor tangível” relativo à organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada na capital portuguesa, garantindo que essas contas “vão ser perfeitamente transparentes”.

Em declarações à Rádio Observador, Carlos Moedas destacou que o investimento feito para receber a JMJ, nomeadamente no que toca aos equipamentos e ao Parque Tejo, junto ao Rio Trancão, tem um valor “tangível” e deixará um legado para os lisboetas. Apesar de referir que ainda não há um uso concreto para o Parque Tejo, adianta que “não vai ser imobiliário” e que a ideia é que seja um “espaço verde”.

O autarca lisboeta, eleito pelo PSD nas últimas autárquicas, revelou ainda que já há interesse por parte de alguns promotores de espetáculos para usar o palco e a infraestrutura criada junto ao rio Trancão. “Sei que há interesse de todos. Todos os que lá passaram disseram que era maravilhoso”, acrescentou.

Questionado sobre o retorno económico que o evento pode trazer à cidade, Moedas reconhece que ainda não foi calculado — e não se compromete com prazos –, mas garante que “contas vão ser perfeitamente transparentes”. Não obstante, indica não ter tido a perceção de que os jovens gastaram pouco dinheiro. “O que eu vi foram lojas cheias com pessoas à porta. [No domingo], uma das pessoas que ficou lá em casa foi ao [restaurante] Pinóquio e disse que havia fila”, exemplifica. Mas admite que os “gastos não foram feitos em hotéis de cinco estrelas”.

A JMJ, o maior evento da Igreja Católica, começou na terça-feira e terminou no domingo. Pela primeira vez, realizou-se na capital portuguesa, que terá recebido mais de um milhão de peregrinos. A próxima JMJ, em 2027, será organizada em Seul, na Coreia do Sul, como anunciou no fim de semana o Papa Francisco após a missa de encerramento no Parque Tejo.

Coordenação entre forças de segurança foi “fundamental”

Também o ministro da Administração Interna sublinhou esta segunda-feira que a coordenação entre as forças de segurança foi fundamental para garantir o sucesso da JMJ. Em conferência de imprensa, José Luís Carneiro deixou uma palavra de agradecimento às forças e serviços de segurança por terem sido “capazes de mostrar que a cooperação é um valor fundamental para garantir níveis elevados de segurança”.

Essa cooperação “permitiu que 14 planos autónomos se subsumissem num planeamento estratégico em sede do sistema de segurança interna”, acrescentou o ministro, citado pela Lusa, destacando também a colaboração entre os diferentes níveis de responsabilidade do Estado.

Recordando as palavras do Papa Francisco, que, no domingo, elogiou a organização da JMJ, dizendo que foi a “mais bem preparada”, José Luís Carneiro insistiu que “em muito contribuiu o modo como as nossas forças e serviços de segurança se organizaram” para aquele que considerou ser “o maior evento de sempre realizado em termos de coordenação, planeamento, implementação e monitorização de segurança no nosso país”.

(Notícia atualizada às 11h45 com declarações de José Luís Carneiro)

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