Arte, relógios, carros, vinho. Quais são os investimentos de luxo mais procurados?
As obras de arte lideram o crescimento do mercado de itens de luxo em 12 meses, mas os whiskies raros registaram a maior valorização na última década, em mais de 300%.
As obras de arte lideram o top 10 dos itens de luxo mais procurados por investidores deste tipo de produtos. De acordo com o Índice de Investimento de Luxo da Knight Frank, em 2023, a arte teve um crescimento de 30% no espaço de 12 meses (até junho) e de 109% a dez anos.
Seguem-se, na lista, os relógios e as joias, cuja procura aumentou 10% no último ano em ambos os segmentos. A dez anos, o índice da imobiliária sediada em Londres estima um crescimento de 147% e 39%, respetivamente.
Com uma valorização de 8% nos últimos 12 meses e de 59% na última década, as moedas surgem em quarto lugar dos itens mais procurados no mercado de luxo, seguidas dos automóveis, que cresceram 5% num ano e 118% numa década.
O vinho aparece em sexto lugar, com a mesma valorização dos carros a 12 meses, mas com um crescimento superior a dez anos (149%).
Em sétimo lugar está o segmento dos diamantes coloridos, em que se verificaram aumentos de 4% no último ano e de 13% na última década, seguindo-se as carteiras (crescimento de 1% em 12 meses e de 60% em dez anos).
Já o mobiliário teve um crescimento nulo (0%) no espaço de um ano e de 36% a dez anos, enquanto as garrafas raras de whisky, embora tenham registado uma quebra anual na procura pela primeira vez em vários anos (-4%), mantêm a mais forte valorização a dez anos (322%).
Mercado de itens de luxo mostra sinais de abrandamento
Apesar de o cabaz dos artigos de luxo ter registado um crescimento de 7%, foi o desempenho anual mais fraco do Índice de Investimento de Luxo da Knight Frank desde o segundo trimestre de 2021, revela, em comunicado, a Quintela + Penalva | Knight Frank, que desde 2021 é associada da imobiliária sediada em Londres.
Estes dados, segundo refere a nota, “demonstram que as pessoas continuam dispostas a gastar em artigos pessoais de luxo”. No entanto, o abrandamento dos mercados do vinho e dos automóveis clássicos — ambos em sexto e sétimo lugares, respetivamente — e que por tradição tinham um aumento a dois dígitos e que muitas vezes sustentaram o desempenho do índice, moderaram o crescimento.
Citado no comunicado, Andrew Shirley, editor do índice, justifica que “a incerteza económica e as taxas de juro mais elevadas lançaram alguma incerteza sobre os colecionáveis de luxo”.
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