Prestação média da casa dispara 40% para 370 euros

Taxa de juro média dos contratos de empréstimos à habitação subiu pelo 16.º mês seguido em julho, renovando máximos de quase 14 anos.

A subida das taxas de juros tem sido uma enorme dor de cabeça para as famílias com crédito da casa. De acordo com os dados do INE, a prestação média da casa fixou-se em julho nos 370 euros, aumentando mais de 106 euros em relação a julho de 2022, “o que traduz um aumento homólogo de 40,2%”.

Trata-se mesmo da prestação média mais elevada desde, pelo menos, janeiro de 2009, quando o gabinete de estatísticas oficiais começou a compilar estes dados.

Por outro lado, pelo terceiro mês, as famílias pagaram mais em juros do que amortizaram o empréstimo ao banco: em média, 55% da prestação dos créditos à habitação corresponderam ao pagamento de juros e apenas 45% à amortização do capital. Considerando a prestação média de 370 euros, isto significou que 204 euros corresponderam a pagamento de juros e 166 euros a capital amortizado, segundo as contas do INE.

Juros da casa disparam

Fonte: INE

Esta situação reflete o disparo das Euribor no último ano e meio devido ao aperto do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a escalada da inflação. De resto, Portugal foi um dos países mais afetados pela política restritiva do banco central, tendo em conta de 90% dos contratos de empréstimo da casa estão associados a taxa variável, ou seja, a prestação sobe ou desce consoante a evolução das Euribor.

É neste cenário que a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação está a subir há 16 meses, tendo atingido os 3,878% no mês passado, “o valor mais elevado desde abril de 2009”.

Em relação aos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 4,132% em junho para 4,173% em julho, atingindo o valor mais elevado desde abril de 2012.

Ainda segundo o INE, em julho, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 259 euros face ao mês anterior, fixando-se em 63.555 euros, sendo também o valor mais elevado em mais de 14 anos. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o capital médio em dívida era de 123.098 euros.

(Notícia atualizada às 11h34)

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