Portuguesa Swee ‘adoça’ boca de texanos com gelados vegan

Startup portuguesa de gelados vegan sem açúcar acaba de entrar no Texas, Estados Unidos, com a cadeia Central Market, uma subsidiária da H-E-B.

Diogo Valente e Tiago Rebelo, cofundadores da Swee

Conheceram-se no ginásio onde treinavam, mais tarde lançaram a marca de gelados vegan, sem açúcar Swee e agora, cinco anos depois, acabam de entrar com vendas nos Estados Unidos e logo no Texas. “Se o Texas fosse um país era o 8.° maior do mundo em termos de PIB”, realça Diogo Valente, cofundador da Swee, ao ECO. A entrada marca a primeira colherada da Swee no mercado norte-americano de gelados, avaliado em cerca de 18,58 mil milhões de dólares.

A entrada da Swee é um exemplo de como ‘uma coisa leva à outra’. Um encontro num ginásio entre Diogo Valente e Tiago Rebelo surgiu a ideia para um evento de saúde, o “Health Market Cascais”, que, mais tarde, levou à criação da marca Swee e ao lançamento dos primeiros gelados em julho de 2021. A ideia de um evento dedicado a Portugal, uma iniciativa da Portugal Foods com uma cadeia local, foi o impulso para o início do sonho americano da marca de gelados portuguesa.

“A entrada deu-se através de uma iniciativa da Portugal Foods, em conjunto com uma cadeia local para a criação de um evento com a temática ‘Portugal’. Começou dessa forma, mas à medida que as semanas foram avançando o gestor de categoria gostou bastante do nosso conceito e da nossa vontade e predisposição a tornar a nossa marca um sucesso na temática ‘Portugal pelo que uma coisa levou à outra”, conta Diogo Valente.

EUA no foco da internacionalização

“Para já” a Swee pode ser encontrada no Texas, na cadeia Central Market. “Começámos com três sabores, mas a reação está a ser tão positiva que vamos inserir a gama completa e duas inovações”, adianta o cofundador da Swee. A estratégia da Swee e “grande objetivo” dos jovens empreendedores é “criar uma marca que seja top-of-mind na categoria dos gelados. Faremos apenas o que for mais vantajoso para a marca e para a sustentabilidade do negócio”, diz quando questionado sobre os planos da startup para este mercado.

A cadeia onde entrámos é uma das pioneiras na inovação nos USA, conhecida pelos parâmetros de qualidade e é uma subsidiária do H-E-B (a maior cadeia de supermercados Texas). A somar a isso, a comunidade do Texas tem-nos recebido de uma forma incrível pelo que a estratégia passa por abordar este estado. Afinal de contas, se o Texas fosse um país era o 8.° maior do mundo em termos de PIB.

Diogo Valente

Cofundador da Swee

Um mercado onde depositam expectativas. Os números falam por si. “O mercado americano de gelados vale cerca de 18,58 mil milhões de dólares em 2023 com o maior canal de consumo a ser o off-trade. Só o nosso segmento de copos americanos vale 9 mil milhões de dólares. O contraste com o mercado português é significativo visto que o mercado português total vale cerca de 250 milhões de euros“, elenca o cofundador.

“A cadeia onde entrámos é uma das pioneiras na inovação nos USA, conhecida pelos parâmetros de qualidade e é uma subsidiária do H-E-B (a maior cadeia de supermercados Texas). A somar a isso, a comunidade do Texas tem-nos recebido de uma forma incrível pelo que a estratégia passa por abordar este estado. Afinal de contas, se o Texas fosse um país era o 8.° maior do mundo em termos de PIB”, destaca Diogo Valente.

Em maio, os fundadores admitiam ao ECO a vontade de entrar com a marca em Espanha, França e Reino Unido, mas a consolidação da entrada nos Estados Unidos é agora o foco. “O nosso foco está apenas no mercado americano para a internacionalização”, admite o cofundador.

Em Portugal, a Swee já está a trabalhar com a Auchan, El Corte Inglês, Continente, Meu Super, Repsol, Go Natural e algumas lojas Intermarché e Amanhecer, mantendo-se a produção em Portugal.

Diogo Valente não revela valores de faturação, mas admite que este movimento de internacionalização possa vir a ter forte impacto nas receitas. “As perspetivas que temos tendo em conta os dados, reports de outras startups neste mercado e a análise que temos feito de ambos os mercados é que pode vir a ter um peso muito significativo na nossa faturação“, aponta o empreendedor.

Um movimento de crescimento que vai ter impacto no número de colaboradores. “Somos apenas os dois fundadores, mas contamos em 2024 adicionar quatro pessoas à equipa“, estima. Não é tão assertivo no que toca a um eventual aumento de capital – através de uma ronda de investimento – para alimentar a expansão internacional da marca, como chegaram a admitir ao ECO.

“A entrada nos Estados Unidos aconteceu graças à chance que tivemos com o apoio da Portugal Foods e do Central Market e através da nossa vontade de agarrar esta oportunidade. Em relação a uma ronda de levantamento de capital, só o futuro o dirá.

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