Exclusivo SheerME fecha ronda de 2,3 milhões. “Vamos apostar fortemente na internacionalização no Brasil”

Plataforma de marcação e pagamento de serviços de beleza e bem-estar estima quadruplicar este ano a faturação e já pensa na entrada num quarto país: o Canadá. Quer reforçar vendas e marketing.

A sheerME fechou uma ronda de 2,3 milhões de euros para dar gás ao processo de internacionalização no Brasil e Espanha. A plataforma de marcação e pagamento de serviços de beleza e bem-estar estima quadruplicar este ano a faturação e já pensa na entrada num quarto país: o Canadá.

“Vamos apostar fortemente na internacionalização da sheerME no Brasil e continuar a testar Espanha. Dado o tamanho do país, e interesse por serviços de bem-estar, o Brasil será o nosso país de foco comercial e marketing, pois pelo que já sentimos no nosso arranque, o potencial e oportunidade da sheerME Brasil é gigante”, adianta Miguel Alves Ribeiro, cofundador e CEO da scaleup, ao ECO.

“Temos investidores brasileiros que nos têm dado uma ajuda preciosa no Brasil, dando-nos maior confiança no arranque tendo este apoio local que tem sido fantástico”, acrescenta.

Um desses parceiros, o M4 Ventures, participou nesta nova ronda liderada pela Lince Capital, em que participaram a Olisipo Way, entre outros business angels, de várias nacionalidades, como os Estados Unidos, Canadá, Índia e Brasil.

Injeção de capital que visa impulsionar expansão da sheerMe no mercado brasileiro — onde já avançaram com um soft launch por ocasião da Web Summit Rio de Janeiro, em maio — e Espanha, onde estão “em testes com clientes do nosso parceiro L’Oréal”.

Miguel Alves Ribeiro mostra-se expectante com o impacto da entrada destes mercados nos resultados da companhia. “Embora sejam mercados recentes, já estamos a perceber o potencial que possuem, especialmente o Brasil, com uma população superior a 220 milhões. No primeiro mês completo, o Brasil já representa cerca de 10% da nossa receita, e acreditamos que seja apenas uma ‘amostra’ do que está por vir”, comenta o CEO.

Acreditamos que os mercados internacionais representarão mais de 70% da faturação da sheerME nos próximos dois anos. Para 2023, temos como ambição quadruplicar a faturação que tivemos em 2022.

Miguel Alves Ribeiro

CEO da sheerME

A sheerME, neste momento, “já passou das 100 mil app downloads, mas com o arranque do Brasil e Espanha ambicionamos passar de um milhão de app downloads até ao final do ano”.

A empresa já tem “cerca de dois mil parceiros e mais de 150 mil serviços ativos na plataforma para marcações e pagamentos online”, mas até ao final do ano ambiciona “ter mais de cinco mil parceiros e mais de 500 mil serviços ativos.”

“Acreditamos que os mercados internacionais representarão mais de 70% da faturação da sheerME nos próximos dois anos. Para 2023, temos como ambição quadruplicar a faturação que tivemos em 2022”, acrescenta.

Novos mercados na mira

Depois de Brasil e Espanha, a empresa — um das oito scaleups no Scaling Up programme da Unicorn Factory Lisboa, participação da qual o CEO faz um balanço “altamente positivo” — admite que tem ambições de levar a sua proposta de valor a novos mercados.

Estamos com intenções de abrir mais alguns mercados europeus e, eventualmente, o Canadá, todas estas geografias fazem sentido no plano de crescimento da empresa, mas também é muito importante crescermos de uma forma sustentada para assegurarmos uma otimização de todos os recursos da empresa”, comenta Miguel Alves Ribeiro.

Com esta ronda, “a nossa ambição passa por desenvolver o negócio no Brasil e Espanha, se conseguirmos, sem comprometer o crescimento de Portugal, Brasil e Espanha, podemos pensar num quarto país, sempre de forma sustentável”.

Triplicar no mercado nacional

Por outro lado, o mercado português continua a manter um papel relevante. “Portugal vai continuar a ser o nosso mercado piloto, em que desenvolvemos, inovamos e testamos estratégias. Porém, o foco comercial será maior em mercados maiores, tal como já fizemos em projetos anteriores. Acreditamos que vamos triplicar a receita em Portugal em 2023″, refere o CEO.

Portugal tem um potencial tremendo, mas a nossa ambição é maior, pois dado o nosso histórico de equipa, temos um ADN de crescimento e internacionalização rápido, mas vamos manter Portugal como o polo de desenvolvimento e inovação.

Miguel Alves Ribeiro

CEO da sheerME

Portugal tem um potencial tremendo, mas a nossa ambição é maior, pois dado o nosso histórico de equipa, temos um ADN de crescimento e internacionalização rápido, mas vamos manter Portugal como o polo de desenvolvimento e inovação. A nossa ambição passa por tornar a sheerME uma referência na indústria de bem-estar mundial”, diz o cofundador.

Planos de crescimento que passam também pela equipa, embora esteja “basicamente criada”, admite Miguel Alves Ribeiro. “Vamos apenas reforçar a equipa de vendas e marketing nesta fase, pois temos vindo a reforçar a equipa há algum tempo para estarmos preparados para escalar rapidamente”.

A plataforma também está num processo de transformação, assumindo componentes mais sociais. “O nosso objetivo é criar a maior comunidade de wellness do mundo, incentivando cada vez mais pessoas a cuidarem de si. A sheerME vai-se tornar mais social e apostar no desenvolvimento de novas funcionalidades que alimentem a carteira virtual, pois entendemos que a existência de valor na carteira virtual incentiva à utilização”, explica.

A companhia “está a criar o conceito de comunidade de bem-estar e a encorajar os nossos utilizadores a convidarem os amigos para se juntarem à sua comunidade”, e desta forma, “ganhar dinheiro na sua carteira virtual sempre que alguém da sua comunidade marcar um serviço.”

“Vamos também dar a possibilidade de utilizadores carregarem a sua carteira virtual ganhando benefícios, bem como a possibilidade de carregar a carteira dos seus familiares, amigos ou como simples ofertas” e continuar a apostar no sheerME Benefits, levando “mais vantagens para os colaboradores das empresas que subscrevem este ‘subsídio de bem-estar'”.

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