Privatização da TAP? “Eu pessoalmente sempre tive esta opinião”, diz Fernando Medina
Ministro das Finanças garante que sempre defendeu TAP sem Estado como acionista maioritário. Fernando Medina acusa Luís Montenegro de adotar estratégia "despesista" após sondagens desfavoráveis.
Contrariamente a António Costa, o ministro das Finanças assegura que sempre foi apologista de que o Estado não devia ter uma posição maioritária na TAP, o que justifica com as “muitas dificuldades” em operacionalizar uma gestão privada com um acionista maioritário público. “Eu, pessoalmente, sempre tive esta opinião”, afirmou Fernando Medina, em declarações ao Público (acesso pago) após a conferência de imprensa de apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
Apesar de reconhecer que é uma ideia que pode ter estado “mais ligada à direita, embora nunca a praticasse”, o controlo do défice e da dívida passaram a estar no centro das políticas dos últimos governos socialistas. “Acho que ganhámos uma consciência muito clara, que não tínhamos, de que a entrada na moeda única colocou-nos com um nível de exposição ao crédito – Estado, famílias e empresas – que se tornou muitíssimo elevado e que perante uma crise, uma rutura de pagamentos, a situação do país ficou altamente comprometida“, argumentou Medina, assinalando que o país está hoje “numa situação mais sólida para o momento em que possa haver uma crise” que não controla.
Agora, contrapõe, é o PSD que se torna “despesista”, atirou o ministro das Finanças, usando uma expressão em tempos usada pela direita contra o PS. Lembrando a posição do líder social-democrata na defesa da reposição do tempo de serviço dos professores, por exemplo, Medina acusa Luís Montenegro de adotar uma estratégia “que passa por, em três ou quatro dias da semana, prometer milhares de milhões”, após a publicação de sondagens desfavoráveis ao partido. “Fez isso relativamente ao IRS sem cuidar do equilíbrio orçamental. Faz nos professores, faz no IRC”, acrescentou.
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