Costa Silva admite maiores custos para o Estado na Efacec

  • ECO
  • 15 Outubro 2023

Sem se comprometer com datas nem quantificar os valores, António Costa e Silva antecipa um "final feliz" para a Efacec, com custos "algo maiores" para o Estado.

António Costa Silva reconhece que os encargos do Estado com a venda da Efacec podem ser “algo maiores” do que o previsto. “Os encargos não vão ser muito maiores do que os projetados e que estimávamos. Podem ser algo maiores”, disse em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o ministro da Economia e do Mar. No entanto, e sem adiantar pormenores, o responsável lembrou a existência de um mecanismo, “que quando o negócio se concluir vamos revelar”, através do qual poderá existir “pelo menos uma recuperação parcial” do montante aplicado pelo Estado.

O ECO tinha revelado em primeira mão que a proposta do fundo alemão Mutares para a compra da Efacec pressupunha uma perda para o Estado de, pelo menos, 112,8 milhões de euros que injetou na empresa. Mas, além deste valor, o Banco de Fomento vai comprar até 50 milhões de euros de obrigações convertíveis em ações — não se sabe ainda a que juro — e a Parpública vai injetar mais, pelo menos, 50 milhões em capital. Além disso, desde o último trimestre de 2022, a Parpública está a injetar pelo menos dez milhões de euros por mês para assegurar fundos de tesouraria da empresa, e não há informação disponível sobre a forma como estes montantes estão a ser contabilizados.

Tal como o ECO avançou, o processo de privatização da Efacec pode estar concluído nas próximas semanas. Nas próximas semanas penso que podemos anunciar o desfecho e será um desfecho feliz”, disse o ministro, admitindo que contava que o processo tivesse sido resolvido até julho, o que não aconteceu. “As negociações são exaustivas e também tivemos que negociar com os acionistas minoritários, com todos eles”, acrescentou.

Afirmando querer transmitir “uma mensagem de serenidade”, o ministro da Economia e do Mar diz-se “completamente de acordo” com a intervenção do Estado na companhia. “Foi para salvar uma empresa que teve o colapso da sua estrutura acionista e que é muito importante para o país e para o funcionamento da economia“, afirma, sem se comprometer com uma data final para a conclusão do processo nem quantificar a derrapagem nos custos para o Estado.

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