Crédito ao consumo corrige 3,5% em agosto. Há cinco meses que está em queda
O montante de novos contratos de crédito ao consumo está em queda há cinco meses consecutivos. A pressão tem vindo sobretudo do crédito pessoal. Só em agosto, contraiu 11% face a agosto de 2022.
Os portugueses estão a recorrer cada vez menos ao crédito ao consumo. Em agosto, o montante dos novos contratos registou uma queda homóloga de 3,5% face a agosto de 2022, atingindo os 648,5 milhões de euros, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. Foi o quinto mês consecutivo de taxas negativas — apesar de registar um aumento de 4,6% face a julho.
A pressionar a contratação do crédito ao consumo tem estado particularmente o crédito pessoal. Só em agosto, o montante dos novos contratos de crédito pessoal ascenderam a 286,7 milhões de euros, menos 11,3% face a agosto de 2022. Desde abril que regista uma contração homóloga média mensal de 12,2% e desde novembro do ano passado só em janeiro não registou uma queda.
Também em queda tem estado o crédito solicitado através de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto. Em agosto, os novos montantes deste tipo de crédito contabilizara 648 milhões de euros, menos 3,5% face a agosto de 2022. Foi também o quinto mês de contração.
Em contraciclo permanece o crédito automóvel, que desde março regista uma taxa homóloga média de 6,39% dos montantes dos novos contratos. Em agosto, segundo dados do Banco de Portugal, os novos contratos de crédito automóvel contabilizaram 255 milhões de euros, mais 5,45% face a agosto de 2022.
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