Especialistas pedem a Bruxelas revisão de políticas antitabagistas

  • ECO
  • 21 Outubro 2023

Um conjunto de especialistas internacionais enviou uma carta aberta a Bruxelas com um pedido para ter em conta o papel das alternativas sem combustão nas políticas antitabagistas.

O pedido chegou sob a forma de carta aberta (que pode ler aqui): Um conjunto de especialistas e investigadores científicos internacionais, entre os quais está o médico português Bruno Maia, enviaram um pedido à comissária europeia da saúde, Stella Kyriakides, em que pedem uma revisão das políticas europeias antitabagistas, levando em linha de conta o papel que podem ter as alternativas sem combustão.

Assim, estes cerca de 90 especialistas, incluindo investigadores da CoEHAR, (Centro de Excelência para a Aceleração da Redução de Risco), da Universidade de Catânia, rejeitam a possibilidade de equiparação dos cigarros a produtos sem combustão. “A nossa esperança é que, à luz das evidências científicas, a FCTC [Convenção Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco – CQCT] e a União Europeia conduzam uma revisão cuidadosa, equilibrada e transparente das evidências científicas disponíveis sobre produtos sem combustão, em comparação com cigarros convencionais, para fornecer informações indispensáveis para a tomada de decisões no interesse de milhões de fumadores“, lê-se no sítio online deste centro.

O fundador do CoEHAR, Riccardo Polosa, chama a atenção para a necessidade de dar resposta aos fumadores que não vão deixar de sê-lo. “É preciso compreender que muitos fumadores, senão a maioria, não podem ou não pretendem parar de fumar. E para estes indivíduos, especialmente aqueles com patologias específicas, a transição dos cigarros convencionais para dispositivos sem combustão pode significar uma melhoria significativa em termos de saúde“, considera.

“Qualquer regulamentação sobre produtos sem combustão deve encontrar um equilíbrio entre a necessidade de proteger os jovens e a necessidade de ajudar os fumadores adultos a deixarem de fumar “, sugere Polosa. Aquele responsável do centro lembra exemplos internacionais que devem ser seguidos, como os do Reino Unido ou Noruega, Japão e Nova Zelândia. “O Centro de Excelência CoEHAR investigou os efeitos dos produtos sem combustão e o seu impacto nas condições de saúde, demonstrando com dados fiáveis ​​que estes produtos conduzem a uma redução significativa do risco se comparados aos cigarros convencionais, ajudam os fumadores a deixar de fumar e garantem clinicamente melhorias relevantes nos utilizadores com patologias relacionadas com o tabagismo“.

A carta aberta destes cerca de 90 especialistas e investigadores surge no contexto da chamada Conferência das Partes (COP10), que se realiza no Panamá, encontro se discutem as políticas sobre tabaco e nicotina. Como refere a CoEHAR, a CQCT da OMS vai decidir “sobre as diretrizes de saúde pública para os países participantes, incluindo a UE“.

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