Pedro Nuno Santos vai candidatar-se à liderança do PS

O antigo ministro das Infraestruturas e Habitação vai concorrer à liderança do Partido Socialista. Anúncio será feito após a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa ao país.

Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e Habitação, vai avançar com a já esperada candidatura à liderança do Partido Socialista. O deputado está a medir o timing do anúncio, que será feito só após a declaração do Presidente da República ao país, apurou o ECO. A informação foi inicialmente avançada pela RTP.

É a figura do PS de que mais se tem falado para suceder a António Costa como secretário-geral do partido e vai mesmo concorrer à liderança, caso Marcelo Rebelo de Sousa decida dissolver a Assembleia da República, como é esperado. Ao que o ECO apurou, o antigo ministro está a medir o tempo certo para o anúncio formal, que deverá acontecer já na próxima semana.

Pedro Nuno Santos demitiu-se de ministro das Infraestruturas e Habitação no final de dezembro de 2022, na sequência do caso da indemnização de 500 mil euros brutos paga a Alexandra Reis, antiga administradora executiva da TAP. Depois de inicialmente invocar o desconhecimento do acordo de rescisão, acabou por assumir ter anuído ao pagamento.

O antigo governante retomou o lugar de deputado no início de julho, garantindo o apoio ao Governo. “Neste momento, não sou candidato a nada”, disse no dia de estreia.

Quatro meses depois, bem antes do que o próprio imaginaria, vai mesmo ser candidato. A 9 de outubro estreou um espaço de opinião na SIC Notícias, nas noites de segunda-feira. Nas últimas semanas, tem vincado algumas diferenças em relação ao Governo.

Pedro Nuno Santos é contra a venda da maioria do capital da TAP decidida no final de setembro, com o Governo a optar por vender entre 51% e 100% da companhia aérea. Criticou também a descida do IRS, considerando que “está a favorecer os de cima”, e considerou que o Governo podia ter ido mais longe nas medidas de apoio ao crédito à habitação, nomeadamente atuando sobre a margem financeira dos bancos.

Visto como pertencente à ala mais à esquerda do PS, foi secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares entre 2015 e 2019, assumindo protagonismo nas negociações com o Bloco de Esquerda e o PCP no tempo da “Geringonça”.

Além de Pedro Nuno Santos, tem sido apontada também a possibilidade de uma candidatura de José Luís Carneiro. O atual ministro da Administração Interna e antigo secretário-geral adjunto do PS está ponderar avançar, segundo noticiaram vários jornais. É visto como “um moderado, mais ao centro” no espetro do PS.

(notícia atualizada às 17h07)

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