Grupo de Guimarães entra em projeto de energia em Angola avaliado em 1.200 milhões de euros
Fundada em 1998 pelo empresário Manuel Couto Alves, a MCA emprega mil pessoas em vários países e opera nas áreas da energia, infraestruturas, desenvolvimento urbano e saúde.
O grupo português MCA anunciou esta quinta-feira o arranque de um projeto de eletrificação rural de 60 comunidades remotas angolanas, avaliado em 1.200 milhões de euros. A construção de uma rede de produção de eletricidade proveniente de fontes 100% renováveis irá beneficiar mais de um milhão de pessoas em cinco províncias de Angola e eletrificar mais de 200 mil casas com energia limpa. Em duas décadas, o projeto do grupo de Guimarães prevê a redução de emissões de dióxido de carbono em 7,7 milhões de toneladas.
Fundada em 1998, em Guimarães, pelo empresário Manuel Couto Alves, a MCA emprega mil colaboradores em várias geografias e opera nas áreas da energia, infraestruturas, desenvolvimento urbano e saúde. O grupo português iniciou o processo de internacionalização em 2006 no mercado angolano e está atualmente presente na Península Ibérica, Europa Central e África.
“A eletrificação destas regiões potencia, grandemente, o seu desenvolvimento económico e social. Na MCA, acreditamos que este também é o nosso papel, por isso, com estes projetos, promovemos a vida das comunidades hoje, construindo um mundo melhor para as gerações futuras, afirma Manuel Couto Alves, chairman do Grupo MCA, em comunicado.
A assinatura do ato de consignação e o lançamento da primeira pedra deste projeto de construção de infraestruturas de distribuição de eletricidade fotovoltaica foram realizados na cidade de Cafunfo, no nordeste de Angola. A sessão foi presidida pelo ministro do Ambiente e das Energias de Angola.
O projeto de eletrificação de zonas rurais, inserido no Plano Angola 2025 do governo local, envolve a construção por parte da MCA de 46 mini-redes solares, que atingirá uma capacidade voltaica de 265 megawats. O grupo português prevê ainda que “além dos ganhos na descarbonização, esta solução equivale ainda a uma poupança entre os 3,1 e os 5,9 milhões de euros face a outras formas de produção”.
A montagem da operação foi feita pelos britânicos do Standard Chartered e a Allianz Trade concedeu um apoio de 1,2 mil milhões de euros. A empresa pública de produção de eletricidade (PRODEL EP) é a promotora do projeto.
A eletrificação destas comunidades vai ligar 203 mil casas e fornecer energia a atividades económicas e produtivas, garantindo acesso a 250MWp de potência fotovoltaica e 595MWh de armazenamento de baterias. A eletrificação será de alta, média e baixa tensão, com 46 sistemas isolados, 12 sistemas conectados à rede e três subestações e dois sistemas conectados à rede.
Em 2022 o Grupo MCA deu início à construção, para o governo angolano, dos dois primeiros parques solares fotovoltaicos que fazem parte de um projeto que abrange sete parques, que permitirão beneficiar mais de dois milhões de pessoas.
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