Trabalhadores da Caixa acusam Paulo Macedo de “sacrificar” poder de compra e seguir “narrativa do lucro”

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

A comissão de trabalhadores Caixa acusou gestão do banco público de ignorar os seus trabalhadores ao insistir "na narrativa do lucro, da robustez financeira".

A comissão de trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) acusou a comissão executiva do banco público de ignorar os seus trabalhadores ao insistir “na narrativa do lucro, da robustez financeira”.

“Os trabalhadores são os grandes sacrificados por esta gestão, pois todos os anos continuam a perder grande percentagem de poder de compra“, refere a comissão de trabalhadores em comunicado, onde aponta que os aumentos salariais ficaram “a uma enorme distância da inflação”.

A comissão de trabalhadores voltou a criticar a gestão da CGD por não ter aplicado o aumento intercalar extraordinário de 1% aplicado pelo Governo, considerando que “foi decisão perniciosa” e que a promessa de “replicação dos apoios sociais em 2023, não passou de uma promessa”.

O documento insiste que há relatos de descontentamento de clientes e população sobre as decisões de gestão da atual administração da CGD.

“Foi diminuída de forma drástica a presença geográfica da CGD no país, reduzida a prestação de serviços de tesouraria na maior parte das agências, restringiram-se serviços ao público com encerramentos no período de almoço, sobrecarregando as outras agências e os trabalhadores veem-se diariamente confrontados com reclamações e excessos verbais e físicos por parte de clientes descontentes com esta realidade“, atira.

De igual forma, o organismo de representação de trabalhadores criticou a administração por ser “incapaz de reter talento e preservar o conhecimento interno”, apontando que nos primeiros três trimestres deste ano saíram 71 trabalhadores por iniciativa própria.

A CGD apresentou lucros de 987 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 43% do que no mesmo período de 2022. A margem financeira (a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) foi de 2.090 milhões de euros, mais 1.179 milhões de euros do que nos primeiros nove meses de 2022.

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