Banco de Portugal pede almofada de capital ao Novobanco e reduz exigência à Caixa

Até agora só a Nani Investments, holding da Lone Star, tinha de cumprir almofada de capital. Agora, Banco de Portugal também impõe reserva ao Novobanco. E reduz exigência à Caixa.

O Novobanco também vai ter de criar uma almofada de capital no próximo ano devido à sua dimensão, segundo anunciou o Banco de Portugal esta quinta-feira. Até agora, esta reserva de fundos próprios apenas se aplicava à Nani Investments, a holding do fundo americano Lone Star que consolida o Novobanco, enquanto o banco não tinha de cumprir esta exigência.

Assim, a partir de 1 de janeiro do próximo ano, a Nani vai ter de continuar a cumprir uma almofada correspondente a 0,5% dos seus ativos ponderados pelo risco, igual à deste ano. Em relação ao Novobanco, terá de cumprir uma reserva de 0,25% a partir de 1 de julho, uma exigência que sobe para 0,5% um ano depois.

Em comunicado enviado ao mercado, “o Novobanco considera que estes requisitos estão de acordo com as expectativas, tendo atualmente uma confortável posição de capital versus os requisitos regulatórios”.

Também adianta que “a decisão é consistente com o atual plano de financiamento, dado que a reserva de O-SII de 0,5%, determinada ao nível da LSF Nani, já estava considerada no Minimum Requirement for Own Funds and Eligible Liabilities (“MREL”) do Novobanco”.

Regulador baixa exigência à Caixa

Em relação aos restantes bancos, a reserva de capital a cumprir no próximo ano mantém-se para BCP (1%), Totta (0,5%), BPI (0,5%), Crédito Agrícola (0,25%) e Banco Montepio (0,25%), enquanto a Caixa vê a sua exigência baixar de 1% para 0,75%, segundo a decisão do regulador.

Esta reserva aplica-se apenas aos bancos de importância sistémica e é calculado em função da dimensão e das exposições ao risco da cada de banco. Quanto maior a reserva, maior o risco do banco.

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