Governo búlgaro confirma sequestro de um navio no Mar da Arábia
A empresa Navibulgar afirmou num comunicado que “há razões para acreditar que não há atualmente nenhuma ameaça imediata à tripulação”, cujos familiares já foram contactados.
O navio búlgaro Ruen, um cargueiro de 45 mil toneladas, foi sequestrado na quinta-feira no Mar da Arábia, cerca de 380 milhas náuticas a leste da ilha iemenita de Socotra, confirmou esta sexta-feira o Governo da Bulgária.
“Temos informações sobre o navio sequestrado e sobre os oito búlgaros a bordo”, informou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Maria Gabriel, referindo-se ao navio com 18 tripulantes provenientes da Bulgária, Myanmar e Angola e que pertence à empresa estatal búlgara Navibulgar.
Não se sabe ainda ao certo que organização sequestrou a embarcação, cujo resgate está a cargo da operação Atalanta, coordenada pela União Europeia e que luta contra a pirataria no Oceano Índico. A Base Naval de Rota (Cádis, Espanha) é desde 2018 a sede desta operação europeia e os seus responsáveis admitem que os sequestradores possam ser rebeldes Huthi – uma milícia próxima do Irão, que controla a costa ocidental do Iémen – ou apenas piratas de várias nacionalidades.
No âmbito desta operação, a fragata espanhola Victoria dirige-se a toda a velocidade para o local onde se encontra o navio sequestrado. O primeiro-ministro búlgaro, Nikolay Denkov, já disse que será necessária muita discrição para conduzir as negociações. “Normalmente, nestes casos, é necessário que haja mais silêncio para que as negociações ocorram. Ainda há alguma incerteza sobre como as coisas irão evoluir nos próximos dias”, explicou o chefe de Governo búlgaro.
A empresa Navibulgar afirmou num comunicado que “há razões para acreditar que não há atualmente nenhuma ameaça imediata à tripulação”, cujos familiares já foram contactados.
“A falta de informação sugere que se trata de um ataque de pirataria. Se houver razões políticas, as exigências são anunciadas imediatamente. Nos ataques de pirataria, as coisas evoluem de forma mais lenta e sempre confidencial”, explicou o capitão, Dimitar Dimitrov, presidente da Confederação Europeia das Associações de Capitães do Mar.
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