Seguradora de saúde Cigna recua na fusão com Humana

A seguradora Cigna prevê recomprar as suas ações em 10 mil milhões de dólares para aumentar o seu valor, reduzindo a sua liquidez em bolsa.

A seguradora de saúde norte-americana Cigna recuou na aquisição da seguradora Humana por não terem chegado a acordo sobre o valor de compra, mas permanece a possibilidade das empresas cooperarem no futuro, avança a agência Reuters.

Segundo a Reuters, as ações da Cigna caíram 10% em novembro após ter sido anunciado as negociações com a Humana, totalizando uma queda de 22% este ano. Já as ações da Humana valorização 2.3% em thin trading, isto é, compra de ações com poucos investidores durante determinado período de tempo.

Para aumentar o seu valor, a CIGNA pretende recomprar cerca de 10 mil milhões de dólares (cerca de 9 mil milhões de euros) das suas ações, assim reduzindo as que estão disponíveis na Bolsa de Valores. Segundo o chairman e Chief Executive Officer da Cigna, David Cordani, a empresa está a considerar efetuar aquisições que se alinhem com a sua estratégia, assim como “alienações que aumentem o seu valor”.

Fusão para competir

A fusão entre as duas seguradoras teria criado uma empresa com valor de mercado de 140 mil milhões de dólares (cerca de 128 mil milhões de euros), com a junção entre o valor de mercado da Cigna de 77 mil milhões (cerca de 71 mil milhões de euros) e da Humana de 59 mil milhões de dólares (54 mil milhões de euros). O que teria resultado na criação de uma companhia de maior escala para competir com as principais seguradoras de saúde americanas: UnitedHealth Group e CVS Health.

No entanto, previa-se um forte escrutínio no âmbito da legislação antimonopolista. As discussões acerca da junção das seguradoras surgiu seis anos após a autoridade reguladora ter bloqueado acordos de aquisição mercado de seguradoras de saúde dos EUA. Entre esses acordos está a compra da Cigna pela seguradora Anthem, agora Elevance Health por 48 mil milhões de dólares (cerca de 44 mil milhões de euros), que foi impedida pelo tribunal dos Estados Unidos da América, escreve a agência.

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