Diretor da Polícia Judiciária explica operação na Madeira. “A PJ não se revê e nunca se reviu na fuga de informação”
Segundo Luís Neves, a operação "não foi comprometida em momento algum". "A ação da PJ nas buscas foi eficaz a 100%, sendo que nenhum dos locais ou visados foi alertado", apontou.
O diretor da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, esclareceu esta terça-feira que as buscas na Madeira envolveram 140 inspetores e 10 especialistas de polícia científica, tendo estes viajado sozinhos para a região autónoma e não acompanhados de jornalistas ou elementos do Ministério Público, como chegou a ser noticiado.
“A operação e o transporte dos investigadores foi preparada entre a PJ e o Estado-Maior da Força Aérea, dias antes do seu cumprimento, no mais completo sigilo e no total respeito pelo segredo de justiça. A PJ não se revê e nunca se reviu na fuga de informação e procura evitar que ela possa ocorrer“, afirmou Luís Neves, em conferência de imprensa para esclarecer a “verdade” sobre as buscas.
A PJ congratula-se pela “eficácia a 100%” no cumprimento das 130 buscas, uma vez que “nenhum dos locais ou dos visados foi antecipadamente alertado”, acrescentou o responsável, assinalando que a imprensa não teve antecipadamente conhecimento da operação e não acompanhou nenhuma das diligências realizadas “logo a partir das 7 da manhã”.
De acordo com Luís Neves, a operação “permitiu a salvaguarda da investigação e colocar na sede da PJ toda a prova apreendida” para que no tempo útil (48 horas) o Ministério Público tivesse acesso e pudesse analisá-la. Em voos comerciais, esse prazo não teria sido cumprido.
Quanto ao timing das buscas, o diretor da PJ revelou que a necessidade da realização da operação foi concluída no final de setembro passado, tendo sido emitidos 107 mandados de busca a cumprir na Madeira, enquanto no continente foram cumpridos 25 mandados.
“Toda a investigação tem formalismos e regras consagradas que não se compaginam com especulações mediáticas, na verdade, uma operação deste envergadura requer muito tempo de preparação, porque é preciso de recolher informação de dezenas ou centenas de moradas, com trabalho minucioso e cirúrgico”, justificou.
(Notícia atualizada pela última vez às 15h59)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Diretor da Polícia Judiciária explica operação na Madeira. “A PJ não se revê e nunca se reviu na fuga de informação”
{{ noCommentsLabel }}