Combustíveis voltam a subir na próxima semana. Diesel aumenta 2,5 cêntimos e gasolina um cêntimo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,629 euros por litro de gasóleo simples e 1,696 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão voltar a subir na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá ficar 2,5 cêntimos mais caro e a gasolina deverá subir um cêntimo a partir de segunda-feira, disse ao ECO uma fonte do setor.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,629 euros por litro de gasóleo simples e 1,696 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). O diesel vai, assim, a caminho da quarta semana consecutiva de ganhos e a gasolina para a sétima.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo e da gasolina subiram 2,5 e 2,3 cêntimos respetivamente, ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que previa uma subida de três cêntimos no caso do diesel e de 2,5 cêntimos a gasolina.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a subir esta sexta-feira (0,01%) para 78,69 dólares por barril e tudo aponta para uma queda semanal em torno dos 5%, alimentada pelos receios quanto ao crescimento da procura na China e aos relatos infundados de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, apesar da decisão da OPEP+ manter a sua política de produção inalterada. Só em março decidirá se prolonga os cortes voluntários na produção de petróleo em vigor para o primeiro trimestre.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados liderados pela Rússia, conhecidos como OPEP+, têm em vigor cortes na produção de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) ao longo do primeiro trimestre.

“O que já ficou claro no ano passado é que a reversão desses cortes será gradual”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo, citado pela Reuters, acrescentando que o banco espera uma prorrogação até o segundo trimestre.

Os preços do petróleo também foram suportados pela decisão da Reserva Federal dos EUA de manter a taxa de juros de referência e pelos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, dizendo que as taxas de juros atingiram o pico e cairiam nos próximos meses. Isto porque taxas de juro mais baixas reduziriam os custos de financiamento dos consumidores, o que impulsionaria o crescimento económico, logo a procura de petróleo.

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