Lucros da Mota-Engil mais do que duplicam para recorde de 113 milhões

Grupo de infraestruturas terminou o ano passado com um disparo de 120% nos lucros, enquanto as receitas ultrapassaram pela primeira vez o patamar dos cinco mil milhões.

A Mota-Engil fechou 2023 com resultados que considera ser “os melhores da sua história”. A empresa liderada por Carlos Mota dos Santos viu os lucros mais do que duplicarem para 113 milhões de euros, traduzindo-se num disparo de 120% quando comparado com o período homólogo.

No ano passado, o volume de negócios da empresa cresceu 46% para 5.552 milhões de euros, patamar que alcança “pela primeira vez na história do grupo” depois de em 2022 ter registado um recorde de 3,8 milhões de euros.

De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a construtora portuguesa considera 2023 um ano de “forte desempenho operacional”, tendo alcançado “níveis recorde de produção na área de engenharia e construção (E&C)“.

Neste segmento, a gigante de construção civil cresceu 54% com destaque para o mercado na América Latina, região onde a Mota-Engil é hoje “uma das cinco maiores construtoras” depois de o negócio ter crescido 81% em 2023.

Destaque ainda para África e Europa, continentes nos quais o grupo cresceu 28% e 31%, respetivamente.

Em 2023, a gigante portuguesa teve também o seu “segundo melhor [ano] de sempre” em encomendas, registando 13 mil milhões de euros, com seis mil milhões de euros a representarem novos contratos.

O comunicado dá ainda nota de um crescimento de 55% para 837 milhões de euros dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) e dos resultados operacionais (EBIT) que duplicaram para 516 milhões de euros (margem de 9% face aos 6% registados em 2022).

Relativamente ao desempenho financeiro, a Mota-Engil aumentou a sua capacidade de investimento (CAPEX) para 513 milhões de euros, direcionado sobretudo para contratos de médio e longo prazo, investimentos em “mercados-chave como Portugal, México, Angola e Nigéria” e “em áreas de negócio de reconhecido potencial de crescimento e valorização patrimonial no futuro”.

Além de um “forte desempenho operacional e de geração de caixa”, a Mota-Engil destaca ter alcançado “o melhor rácio de dívida líquida/EBITDA dos últimos 10 anos (com 1,4x face aos 1,7x em 2022) e dívida bruta/EBITDA para 3,3x (4,5x de 2022). Esta variação permitiu à empresa “superar os objetivos estabelecidos no Plano Estratégico (2022-2026)”, informa a empresa.

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