“Problema de Portugal não tem sido falta de dinheiro, mas a fraca qualidade dos políticos”, diz CEO da dona do Pingo Doce

O CEO da Jerónimo Martins sublinhou que a estagnação da economia nos últimos vinte anos resulta da falta de qualidade dos políticos, o que leva a pensar "se temos de mudar":

Portugal não tem sabido responder às necessidades económicas nas últimas duas décadas devido à “fraca qualidade dos políticos” e da gestão, afirmou esta quinta-feira, Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, sublinhando que a sociedade tem de pensar “se vale a pena ou não mudar“.

Questionado, em conferência de imprensa, sobre as eleições legislativas de 10 de março, Soares dos Santos recordou: “Estamos mesmo à porta”, portanto é preciso ter algum cuidado”.

“Mas acho que hoje demos aqui um bom exemplo. Sem boa gestão não há resultados”, explicou o CEO, apontando para os números que a retalhista divulgou esta quarta-feira, com um aumento de 28,2% nos lucros líquidos de 2023, para 756 milhões de euros, com o EBITDA – resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — a subir 17% para 2,2 mil milhões de euros.

“A gestão e a fraca qualidade dos nossos políticos, obriga-nos a pensar se não deveremos mudar como sociedade e esse para mim é talvez o maior desafio”, disse o responsável.

Adiantou que “o grande problema de Portugal não tem sido a falta de dinheiro, mas sim de qualidade e a falta de gestão das pessoas em perceberem qual é o bem comum e o que é que interessa“.

“Nos últimos 20 anos, se tivessem sabido responder às necessidades, Portugal teria crescido, não teria estagnado”, vincou Soares dos Santos. “Era bom como portugueses pensarmos nalguma mudança” e que tenham a “coragem de assumir isso”, concluiu.

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