António Costa diz que legislaturas são para cumprir até ao fim

O primeiro-ministro espera que a recente instabilidade política não se torne num novo padrão, argumentando que os anos de estabilidade governativa foram bons para a economia.

Perante os resultados das eleições de domingo, António Costa reforçou que é importante que “a recente instabilidade política não passe a ser o novo padrão”. O ainda primeiro-ministro questionado sobre um possível quadro de instabilidade política e a possibilidade do país voltar a eleições dentro de uns meses, defendeu que as “legislaturas devem-se cumprir”.

Não é uma questão de desejar. As legislaturas devem-se cumprir”, defendeu António Costa, questionado sobre se deseja que haja uma estabilidade política e o novo governo tenha condições para governar, à margem do 2º encontro das Agendas Mobilizadoras, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que está a decorrer esta terça-feira em Santa Maria da Feira.

A Aliança Democrática, liderada por Luís Montenegro, foi a força política mais votada nas eleições legislativas do último domingo, mas existe o receio que a AD não tenha condições para governar e não consiga alcançar entendimentos, à direita e à esquerda, para aprovar o seu Orçamento do Estado, precipitando o país para um novo cenário de eleições. O André Ventura já fez saber que se não for envolvido nas negociações chumba o próximo OE, porque isso “seria humilhar o Chega”, e Pedro Nuno Santos também foi claro ao dizer que apesar de não aprovar nenhuma moção de rejeição ao Governo, não irá suportar um Governo minoritário da AD, apesar de reconhecer que existem pressões dentro do próprio PS para que o faça.

Sem querer tomar posições sobre qual deve ser a posição do Partido Socialista (PS) em relação a possíveis entendimentos para viabilizar o orçamento, António Costa realçou que um quadro de estabilidade política, como a que o país viveu nos últimos anos, é importante para a economia. “Para Portugal tem sido vantagem competitiva importante ter havido estabilidade nas legislaturas. Espero que o facto de termos tido uma recente instabilidade da legislatura não passe a ser um novo padrão”, sublinhou, apelando a “uma estabilidade nas legislaturas”. Ainda assim, reconheceu que é necessário refletir sobre os resultados eleitorais, do qual assume responsabilidades, e a subida do Chega.

Quanto a decisões importantes, como o novo aeroporto, António Costa refere que o “próximo Governo quando entrar em funções está em condições de decidir o novo aeroporto”, uma vez que terá na mão o relatório final produzido pela Comissão Técnica Independente. Em relação a qual poderá ser a decisão, Costa diz que “qualquer decisão é uma boa decisão” e o novo Governo vai beneficiar de ter na mão um “estudo com informação técnica sólida”.

PRR não pode parar

O primeiro-ministro realça ainda que o PRR resulta de um compromisso com a União Europeia até 2026 e “não é por haver uma mudança de maioria parlamentar que o PRR vai ter qualquer sobressalto“, destacando que é muito importante que “todos continuemos a remar no mesmo sentido”.

A falar sobre as Agendas Mobilizadoras, o primeiro-ministro nota que este programa é “muito importante para o futuro”, compreendendo projetos “desde a área da agricultura, até áreas mais sofisticadas como o espaço”.

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