IL aberto a consensos com a AD “caso a caso e orçamento a orçamento”
Rui Rocha diz que face aos resultados o "mais natural" é ficar fora do Governo e construir consensos com a AD no Parlamento. Mas não fecha a porta a outra solução, atirando essa decisão para o PSD.
O Iniciativa Liberal diz que face aos resultados o “mais natural” é o partido ficar fora do Governo e chegar a consensos com a AD para encontrar soluções “caso a caso” no palco parlamentar. Mas não fecha totalmente a porta a ter uma representação no futuro Executivo, deixando essa decisão para a AD.
“Vamos avaliar caso a caso, peça a peça, momento a momento e orçamento a orçamento” para contribuir para soluções “construtivas e responsáveis” que resultem “num país diferente”, disse Rui Rocha.
O presidente do IL diz que a posição do partido “é clara” vincando que “o cenário de base” é o de estar no Parlamento, fora do Governo, tendo, sido, aliás, essa a posição que transmitiram “com toda a transparência” ao Presidente da República, na reunião que se prolongou por cerca de 1h30 em Belém.
No entanto, à saída da audiência com o chefe de Estado, Rui Rocha diz estar “disponível para avaliar outros cenários” se, depois de apurados todos os resultados, “houver da parte do partido vencedor outo tipo de análise que possa implicar outro tipo de solução mais estrutural”. “Cá estaremos para ouvir. Mas, todavia, não faremos disso ponto de honra. Caberá ao partido vencedor decidir os cenários em que se quer mover”, atira o líder da IL.
Esta posição do partido já tinha sido avançada em entrevista à CNN Portugal, nesta quinta-feira. Rui Rocha fez ainda saber que desde a noite eleitoral que não teve qualquer tipo de contacto com Luís Montenegro. “Houve uma conversa na própria noite eleitoral, mas agora não faz sentido termos conversas sem os resultados estarem apurados”, frisando várias vezes que “cabe ao partido vencedor fazer os contactos e as diligências que entender”.
O chefe de Estado começou a ouvir os partidos com assento parlamentar no dia seguinte da ida às urnas, tendo já reunido com o PAN, o Livre, a CDU e o Bloco de Esquerda, seguindo a ordem crescente do número de deputados eleitos por cada um dos partidos.
O Iniciativa Liberal foi a quinta força política a ser ouvida por Marcelo Rebelo de Sousa. Na segunda-feira serão retomadas as audições com o Chega, seguido do PS na terça-feira e, por fim, o PSD vai a Belém na quarta-feira. Dia em que serão conhecidos os resultados da emigração, que vai eleger os quatro mandatos em falta. Terminadas as audições aos partidos, o chefe de Estado irá indigitar o líder do partido mais votado, que ao que tudo indica será Luís Montenegro.
A nova Assembleia da República poderá entrar em funções na última semana de março ou nos primeiros dias de abril, tendo em conta o calendário previsto na lei, que exige que a Comissão Nacional de Eleições envie o Mapa Oficial das Eleições para Diário da República, após receber a Ata do Apuramento de Votos do Conselho Nacional de Eleições. Já o novo elenco do Executivo deverá tomar posse cerca de um mês depois da ida às urnas.
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