Trabalho temporário regista “crescimento sólido”. Maioria das empresas fundada nos últimos 5 anos
Mais de metade das empresas de trabalho temporário foram criadas nos últimos cinco anos, mas são as mais antigas que lideram no volume de negócios. "Concentração significativa" nas principais cidades.
Os últimos anos têm sido caracterizados por um “crescimento sólido” do setor do trabalho temporário, sendo que mais de metade destas empresas foram criadas nos últimos cinco anos. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pela Iberinform, são as mais antigas que registam maior volume de negócios.
“A maioria das empresas de trabalho temporário, 56%, foi fundada nos últimos cinco anos, enquanto 27% têm entre seis e 15 anos de existência. Apenas 11% foram estabelecidas há 16 a 25 anos, e 6% têm mais de 25 anos. Contudo, as empresas com mais de 25 anos lideram em termos de volume de negócio, representando 40% do setor“, salienta a consultora numa nota enviada às redações.
Importa acrescentar que as empresas com dois a cinco anos — isto é, as mais recentes — são responsáveis apenas por 8% do volume de negócios do setor. Semelhante fatia é tomada pelas empresas com 11 a 15 anos, enquanto as empresas com seis a 10 anos representam 19% do volume de negócios e aquelas com 16 a 25 anos são responsáveis por 25% desse total.
Quanto à dimensão, o setor é “dominado quase inteiramente por micro e pequenas empresas“. Cerca de 89% das empresas de trabalho temporário têm essa dimensão. Já 9% são médias empresas, enquanto as grandes empresas representam apenas 2% do setor.
“No entanto, em termos de volume de negócios, as microempresas contribuem com apenas 1%, enquanto as pequenas empresas faturam 23% e as médias 34%. As grandes empresas, apesar de serem apenas 2%, lideram em termos de faturação total, com 42%“, destaca a Iberinform.
Outro dado relevante é que há uma “uma concentração significativa” das empresas de trabalho temporário nos “principais centros urbanos do país“. Em Lisboa, estão localizadas 36% das empresas. Seguem-se Porto (14%), Braga (10%), Setúbal (9%) e Santarém (5%).
Os dados divulgados esta sexta-feira permitem também perceber o cenário de gestão financeira destas empresas. A Iberform declara que se “observou uma redução nos prazos médios de pagamentos a fornecedores, de 84 para 72 dias no último exercício financeiro. Por outro lado, os prazos médios de recebimentos de clientes permaneceram estáveis nos 78 dias”.
Ou seja, as empresas de trabalho temporário conseguiram “uma melhoria na eficiência da gestão de contas a pagar”, o que sugere “uma maior liquidez e saúde financeira”. Além disso, o mesmo relatório destaca que 27% das empresas de trabalho temporário apresentam um risco baixo de incumprimento.
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