Bloco e PCP criticam excedente socialista que “negou” respostas sociais

Mariana Mortágua critica maioria absoluta socialista que assentou em "guerras compradas com profissionais essenciais". Já Paulo Raimundo atira à "falta de resposta aos serviços públicos".

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) e o secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) criticaram esta segunda-feira o excedente orçamental histórico alcançado pelo Governo, defendendo que este resulta da “degradação das condições sociais” e da “falta de resposta aos serviços públicos, bem como das guerras” com várias classes profissionais.

Apesar de o Ministério das Finanças ter conseguido um excedente de 1,2% do PIB, Mariana Mortágua considerou que a maioria absoluta socialista resultou na “degradação das condições sociais” e nas “guerras que foram compradas com profissionais essenciais”, dando o exemplo das forças de segurança, dos profissionais de saúde e dos professores.

O PS enquanto apresentava excedentes cada vez maiores, ia negando a resposta a estes setores tão importantes”, lamentou a líder bloquista, no final da reunião com o PCP, em declarações transmitidas pela RTP3.

Também o secretário-geral comunista salientou que o excedente “advém da falta de resposta aos serviços públicos, aos médicos, aos professores, às forças de segurança, à falta de investimento público”, sublinhando que “houve uma clara opção do PS de não responder aos problemas” do país.

Já sobre o encontro entre BE e PCP, Mortágua sinalizou que foi uma “boa reunião”, em que os dois partidos debateram os resultados eleitorais e convergiram na análise dos resultados. Bem como “na importância que teve uma governação da maioria absoluta do PS, que foi incapaz de responder a reivindicações muito justas” e que se “traduziram numa crise social”.

Segundo a líder bloquista, os dois partidos convergiram ainda na “necessidade de manter pontos de diálogo na oposição à direita”, na “rejeição do programa eleitoral do PSD” e “na necessidade de fazer uma oposição forte à governação da direita”.

Por outro lado, chegaram a acordo para tentar travar um eventual processo de revisão constitucional. “Não faz qualquer sentido que se mantenha este processo neste cenário com maioria de deputados à direita”, adiantou Mariana Mortágua.

Já Paulo Raimundo confirmou a convergência e antecipou que o que se espera de um Governo da Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) “são opções erradas” que não permitem “dar resposta aos problemas das pessoas”

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