Capital de risco dá sinais de retoma após sofrer maior queda desde a crise financeira
As operações de capital de risco caíram 37% no ano passado devido à escalada das taxas de juro. Indústria arrancou novo ano a dar sinais de recuperação.
As operações de capital de risco (private equity) registaram no ano passado a maior queda desde a crise financeira, com a indústria altamente pressionada pela escalada das taxas de juro. Mas o arranque de 2024 apresenta sinais de retoma, de acordo com o relatório Global Private Equity Report da Bain & Company.
O valor global das aquisições (buyout) afundou 37% em termos anuais, a queda mais acentuada desde 2009, atingindo os 438 mil milhões de dólares. Foi o nível mais baixo desde 2016, ficando 60% abaixo do pico atingido em 2021.
O relatório divulgado esta segunda-feira adianta que “persistem grandes desafios rumo a uma recuperação total” dos níveis de atividade que já se começa a fazer sentir, “estimulada por alguns choques macroeconómicos de referência, incluindo as esperadas descidas nas taxas de juro”.
Segundo a Bain & Company, os fundos de buyout não comprometidos atingem os 1,2 biliões de dólares, 26% dos quais com quatro ou mais anos, que poderão ajudar na recuperação.
“Estamos cautelosamente otimistas quanto às perspetivas para 2024. A escala e a velocidade da subida dos juros em 2023, e a incerteza daí decorrente, foram um choque para a indústria. Mas as perspetivas mantêm-se sólidas”, refere Álvaro Pires, sócio da Bain & Company.
O responsável explica que “com a moderação prevista das taxas de juro nos próximos meses, sente-se uma maior de estabilidade”.
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