Bassirou Diomaye Faye toma posse como quinto presidente do Senegal

  • Lusa
  • 2 Abril 2024

A transferência de poder entre Sall e Faye em resultado de eleições é a terceira na história do Senegal e marca o fim de um braço de ferro de três anos.

Bassirou Diomaye Faye, até agora líder da oposição senegalesa, tomou esta terça-feira posse como quinto presidente do Senegal, após a vitória no passado dia 24 de março, em apenas uma volta, das presidenciais no país, com 54,28% dos votos.

“Perante Deus e a nação senegalesa, juro cumprir fielmente o cargo de Presidente da República do Senegal, respeitar e fazer respeitar escrupulosamente as disposições da Constituição e das leis”, declarou Faye, com a mão direita levantada, perante centenas de funcionários senegaleses e vários chefes de Estado e dirigentes africanos, no Centro de Exposições da nova cidade de Diamniadio, nos arredores de Dacar.

Os Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, e de Cabo Verde. José Maria Neves, assim como o chefe de Estado nigeriano e atual presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Bola Ahmed Tinubu; o mauritano Mohamed Ould Cheikh El Ghazouani, o gambiano Adama Barrow, o guineense Mamadi Doumbouya, entre outros representantes de estados africanos assistiram ao juramento de posse de Faye.

Bassirou Diomaye Faye é o quinto presidente do Senegal desde que o país se tornou independente de França em 1960, substituindo no cargo Macky Sall, que completou o segundo e último mandato permitido pela Constituição.

A transferência de poder entre Sall e Faye em resultado de eleições é a terceira na história do Senegal e marca o fim de um braço de ferro de três anos entre o chefe de Estado cessante e a dupla vencedora das presidenciais de 24 de março: Faye e o homem que o apoiou depois de ter sido impedido de se candidatar, Ousmane Sonko.

Pan-africanista de esquerda, Bassirou Diomaye Faye, foi eleito com a promessa de uma rutura com o sistema atual, e elegeu como primeiro tema no discurso de tomada de posse a segurança regional, apelando a uma “maior solidariedade” entre os países africanos “face aos desafios” neste domínio.

“A nível africano, a dimensão dos desafios de segurança (…) exige de nós uma maior solidariedade”, afirmou o novo chefe de Estado senegalês. “Reafirmo o empenhamento do Senegal em reforçar os esforços para promover a paz, a segurança, a estabilidade e a integração africana”, acrescentou.

O novo Presidente senegalês prometeu uma “mudança sistémica” à frente do país e uma “maior soberania” do mesmo, afirmando estar “consciente” de que a sua vitória nas presidenciais exprimiu “um profundo desejo de mudança sistémica”. Faye disse ainda que ouviu “claramente a voz das elites desinibidas que afirmaram alto e bom som as [suas] aspirações a uma maior soberania, desenvolvimento e bem-estar”.

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