Ações do FC Porto disparam 8% no “regresso” à bolsa após suspensão da CMVM

SAD portista voltou a negociar na bolsa ao fim de uma semana. Títulos dispararam 8% depois da suspensão da CMVM e de anunciar um financiamento de 250 milhões e um acordo de 70 milhões com o estádio.

As ações da SAD do FC Porto dispararam quase 8% no regresso à negociação esta manhã, depois da suspensão determinada pelo regulador do mercado e na sequência da informação divulgada sobre o financiamento de 250 milhões para reestruturar a dívida e sobre o acordo relacionado com o estádio e que permitirá um encaixe de 70 milhões.

Os títulos valorizaram 7,83% para 1,24 euros em relação à sessão da passada quinta-feira, a última em vez que tinham negociado. Mais de 4.700 títulos trocaram de mãos, nove vezes mais do que é habitual (média diária dos últimos três meses).

Por ter níveis de liquidez e de dispersão bolsista reduzidos, a negociação de ações da SAD do FC Porto decorre por chamada e não em contínuo, ocorrendo duas vezes por dia (às 10h30 e 15h30). Embora as ordens estejam sempre a entrar no sistema da Euronext, que opera a bolsa portuguesa.

A negociação das ações da sociedade portista esteve suspensa na terça-feira, por decisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que forçou os dragões a prestarem informação ao mercado na sequência das revelações do presidente Pinto da Costa em entrevista à SIC, realizada na véspera.

Foram precisos dois comunicados da SAD portista para que o regulador liderado por Luís Laginha de Sousa permitisse o “regresso” à negociação em bolsa já esta quarta-feira.

No primeiro comunicado, enviado ao final da manhã desta terça-feira, a SAD revelou uma “reformulação da dívida de médio e longo prazo” e no âmbito da qual estava a fechar um contrato de financiamento de 250 milhões com uma “taxa de juro competitiva”.

E também que o acordo sobre o estádio iria render 70 milhões, num negócio consubstanciado na venda de uma participação minoritária numa empresa do grupo do FC Porto e que iria elevar os capitais próprios da SAD na mesma magnitude.

Estas informações não foram suficientes para a CMVM e, ao final da tarde, a SAD portista divulgou um segundo comunicado com mais detalhes. Informou então que a injeção de capital por parte de uma empresa internacional deverá ocorrer durante o mês de abril ao abrigo de um acordo que irá refletir-se na venda de participação minoritária de até 30% numa nova empresa, dedicada exclusivamente à exploração comercial do estádio, tendo sob a sua gestão a exploração dos serviços de corporate hospitality, a bilhética e o naming do estádio do Dragão.

Relativamente à reestruturação da dívida, os responsáveis dos dragões acrescentaram que “fruto da permanente auscultação ao mercado em busca de melhores condições financeiras, a sociedade está ainda em fase de negociação, pelo que não pode concretizar detalhes da operação, como taxas de juro e/ou contrapartidas associadas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Ações do FC Porto disparam 8% no “regresso” à bolsa após suspensão da CMVM

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião