Luz Saúde regressa à bolsa a 3 de maio, se IPO for bem-sucedido

Fidelidade irá acolher ofertas de compra dos investidores até 30 de abril, quando será também decidido se a operação de venda avança e a que preço.

O calendário da operação de venda de ações da Luz Saúde prevê o regresso do grupo à bolsa de Lisboa a 3 de maio, apurou o ECO junto de fonte ligada ao processo. Até 30 de abril serão aceites ofertas dos investidores. Nessa altura será também decidido se a operação avança mesmo e a que preço.

A Luz Saúde anunciou formalmente esta quarta-feira um aumento de capital de até 100 milhões de euros através da colocação privada de novas ações junto de investidores institucionais, tanto em Portugal como no estrangeiro. A empresa aprovou, em assembleia-geral, a emissão de até 23,88 milhões de títulos, o correspondente a 20% do novo capital.

Serão também vendidas ações detidas pela Fidelidade, que tem 99,86% do grupo liderado por Isabel Vaz, numa percentagem não revelada. Ao que o ECO apurou, o número de ações a alienar no aumento de capital e na venda direta dependerá da procura e do preço que vier a ser definido para a operação. Já certo é que a seguradora detida pela chinesa Fosun irá continuar como acionista maioritária.

“A Fidelidade pretende reter a maioria do capital social da Luz Saúde na sequência da oferta, embora garantindo um nível saudável de liquidez para novos investidores”, refere a Fidelidade no comunicado divulgado esta quarta-feira.

O período de aceitação de ofertas dos investidores decorre até 30 de abril. Nesse dia ficará também decidido se a operação se materializa e, em avançando, o preço a que serão vendidos os títulos. Sendo bem-sucedida, a Luz Saúde voltará a cotar na Euronext Lisbon a 3 de maio, mais de cinco anos depois de ter saído, no final de 2018.

A venda de ações da Luz Saúde será coordenada pelo Citigroup Global Markets e a UBS. Participam ainda o BNP Paribas, o Caixa BI, o Caixabank, o Hauck Aufhäuser Investment Banking (HAIB) e o Millenium bcp. A Evercore é o consultor financeiro.

PWC CEO Survey Portugal - 09MAI2019
Isabel Vaz, CEO do grupo Luz Saúde.Hugo Amaral/ECO

A Luz Saúde opera 29 unidades, incluindo hospitais, clínicas ambulatórias e uma residência sénior e “chega a 75% da população portuguesa”, diz a empresa. Com uma equipa composta por 4.876 médicos, 2.587 enfermeiros, 1.308 técnicos, e 1.126 camas, “lidera a prestação de cuidados de saúde em Portugal”.

Em 2023, os seus 14 hospitais atenderam mais de 1,1 milhões de pacientes e geraram 92,6% das receitas da empresa. Além disso, as 14 clínicas ambulatórias serviram cerca de 246 mil pacientes externos e contribuíram com 6,1% para as receitas anuais. A rede inclui também uma residência sénior, responsável por 0,9% das receitas, acrescenta a Luz Saúde.

Na informação aos investidores a Luz Saúde revela que no exercício terminado em 31 de dezembro de 2023, teve resultados operacionais ajustados de 666,9 milhões de euros, aumento de 12% face a 2022, um EBITDA ajustado de 99,8 milhões de euros (+22,5% vs. 2022).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Luz Saúde regressa à bolsa a 3 de maio, se IPO for bem-sucedido

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião