Vieira da Silva critica precipitação de Pedro Nuno Santos no chumbo do OE para 2025

  • ECO
  • 10 Abril 2024

O antigo ministro do Trabalho pede "prudência" na posição "completamente definitiva" do partido sobre o OE e aconselha Pedro Nuno e Montenegro a negociarem primeiro um retificativo.

O antigo ministro e dirigente socialista, José Vieira da Silva, considera “precipitada” a posição “completamente definitiva” do PS na rejeição ao Orçamento do Estado (OE) para 2025 e aconselha o líder do partido, Pedro Nuno Santos, a tentar negociar primeiro um Orçamento retificativo com o Governo de Luís Montenegro, afirmou em declarações à Rádio Renascença.

Pedro Nuno Santos tem mantido a frase oficial de que é “praticamente impossível” o PS vir a viabilizar o OE, mas essa é uma discussão que só irá concretizar-se “daqui a vários meses”, avisa Vieira da Silva. “É uma forma de dificultar os resultados que se pretendem obter com um eventual retificativo ou medidas legislativas que apontem no sentido de concretizar os compromissos”, conclui o antigo ministro. Vieira da Silva sugere ao secretário-geral do PS que é “mais prudente não aprofundar” ou “centralizar” o debate no OE para 2025, numa altura em que está em curso uma potencial negociação de um retificativo.

Num recado ao líder do PS, o antigo ministro de Sócrates e de Costa refere que é preciso “ver como corre” esta negociação e depois, no outono, entrar nessa discussão “difícil”, considerando mesmo que “não é muito construtivo antecipar e aprofundar esse debate”.

O ex-ministro elogia a troca de cartas entre Pedro Nuno Santos e o primeiro-ministro, regista que “existe uma potencial convergência”, mas alerta que agora “há muito trabalho a fazer e é preciso que as duas partes estejam efetivamente disponíveis” para chegar a “consensos”.

Face às posições de sociais-democratas como Duarte Pacheco ou José Matos Correia que defenderam, em declarações à Renascença, a possibilidade de o Executivo poder governar em duodécimos no caso de o OE ser chumbado no outono, Vieira da Silva vem confirmar que é “tecnicamente possível”, mas alerta para o prejuízo político de uma prática desse género.

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