Cerca de 15% da faturação das empresas advém de produtos novos ou melhorados

Setor da informação e comunicação continuou a apresentar proporcionalmente mais empresas inovadoras (71,2%), seguindo-se os serviços financeiros (65,6%) e o comércio (48,4%). Veja os dados do INE.

Em 2022, 15,2% do volume de negócios das empresas resultou da introdução de produtos novos ou melhorados, o que representa um crescimento de 1,4 pontos percentuais face a 2020 e de 4 pontos percentuais face a 2018, totalizando 58,4 mil milhões de euros. Cerca de 10,8% do volume de negócios resultou da introdução de produtos novos para a empresa e 4,4% da introdução de produtos novos para o mercado (9,5% e 4,3%, respetivamente, em 2020).

No caso das empresas com 250 ou mais pessoas, a introdução de produtos novos ou melhorados representou 16% do volume de negócios, enquanto nas empresas com 10 a 249 pessoas essa proporção foi de 14,4% (15,8% e 12,0%, respetivamente, em 2020), de acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), baseados no Inquérito Comunitário à Inovação (CIS 2022).

Este inquérito particulariza ainda que 30,9% do volume de negócios do setor da Informação e comunicação resultou da introdução de produtos novos ou melhorados (+1,0 pontos percentuais face a 2020), atingindo 5,2 mil milhões de euros (+1,5 mil milhões de euros relativamente a 2020).

No mesmo ano, a introdução de produtos novos ou melhorados representou 18,3% do volume de negócios da indústria e energia e 18% do volume de negócios dos serviços financeiros (+3,3 pontos percentuais e +1,8 pontos percentuais, pela mesma ordem, face a 2020), totalizando 25,3 e 4,7 mil milhões de euros respetivamente, correspondendo a aumentos de 12,7 e 1,1 mil milhões de euros relativamente a 2020 para esses setores.

Entre 2020 e 2022, 44,7% das empresas portuguesas tiveram atividades de inovação (48% entre 2018-2020 e 32,4% entre 2016-2018). No mesmo triénio, 22,6% das empresas desenvolveram inovação de produto (bens e/ou serviços) e 40,4% introduziram inovação de processo. Face ao período 2018-2020, registou-se um ligeiro aumento de 0,3 pontos percentuais na inovação de produto e uma diminuição de 2,3 pontos percentuais na inovação de processo.

Informação e comunicação lidera inovação

Por atividade económica, o setor da informação e comunicação continuou a apresentar proporcionalmente mais empresas inovadoras (71,2%), seguindo-se os serviços financeiros (65,6%), o comércio (48,4%) e os outros serviços (46,6%). Por oposição, a agricultura e pescas (33,8%) e a construção e atividades imobiliárias (36,1%) foram os setores que registaram as percentagens mais baixas.

Em 2022, a despesa com inovação por pessoa ao serviço nas empresas inovadoras atingiu 2.440 euros, mais 621 euros comparativamente a 2020. Este aumento foi mais expressivo nas empresas do escalão 10 a 249 pessoas ao serviço (+1 029 euros) do que empresas grandes (+253 euros). Este aumento resulta sobretudo do crescimento da despesa total com atividades de inovação (+41,9%), principalmente nas empresas com 10 a 249 pessoas ao serviço (+58,4%).

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