Risco macroeconómico para o setor segurador diminui no primeiro trimestre

Ainda que no mesmo nível que no trimestre anterior, os riscos de mercado têm revelado uma tendência de contração, assim como os riscos de rendibilidade e solvência.

O nível de risco para o setor segurador da categoria de riscos macroeconómicos passou de alto para médio-alto no primeiro trimestre deste ano face ao último de 2023, motivado pelo controlo da inflação, a diminuição do peso da dívida pública e pelas projeções otimistas de crescimento económico.

Segundo a última edição do Painel de Riscos do Setor Segurador, publicado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a revisão em baixa desta categoria foi impulsionada “pela melhoria das projeções de crescimento económico, a redução da dívida pública portuguesa para um patamar abaixo dos 100% do PIB e a desaceleração da taxa de inflação em cadeia para valores próximos do patamar fixado pelo Banco Central Europeu”.

As restantes categorias mantiveram o mesmo nível de risco face ao trimestre anterior. Neste sentido, a categoria Crédito manteve-se no nível médio-alto, assim como a Mercado, Específicos Seguros vida e Específicos Seguros Não vida. No nível de risco médio-baixo manteve-se a Liquidez, Rendibilidade e Solvabilidade e Interligações.

Ainda que mantendo o nível médio-alto, os riscos de mercado têm revelado uma tendência de contração, refletindo a diminuição da volatilidade nos mercados obrigacionistas, segundo o órgão regulador.

Os riscos de rendibilidade e solvência do setor registaram uma tendência de queda, motivada pelo aumento dos resultados técnicos globais provisórios face ao ano anterior, “sendo ainda de salientar a manutenção do rácio de solvência num patamar acima de 200%”, refere a ASF.

O painel destaca no ramo Vida a quebra na produção de 2023 face ao período homólogo. “Por sua vez, nos ramos Não Vida, a produção continuou a exibir um padrão ascendente, tendo sido acompanhada por um aumento da taxa de sinistralidade global do segmento.”. Segundo a ASF, o aumento dos sinistros é explicado “pela evolução da modalidade de acidentes de trabalho, refletindo o aumento dos montantes pagos, bem como o incremento do valor das provisões técnicas, fruto do efeito de diminuição da taxa de desconto”, refere.

O painel de riscos do setor segurador português é a ferramenta utilizada pelo regulador para identificar e medir os riscos e vulnerabilidades do setor, tendo por base um conjunto de indicadores e considerando as seis categorias de risco mencionadas. Esta edição considera informação das variáveis financeiras relativas a 15 de março deste ano conjugadas com os dados referentes a 31 de dezembro do ano passado reportados pelas empresas de seguros.

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